terça-feira, 30 de junho de 2015

SECRETÁRIA EXECUTIVA: LER É PRECISO




“Todo mundo que escreve deve deixar o leitor o esforço de pensar sobre o que leu, e não o sacrifício de adivinhar o que se queria ter dito – Este é o ponto” Gustavo Bernardo.




Entre as atribuições do Profissional de Secretariado está a redação de documentos, e-mails, relatórios, atas, pautas, sem deixar de mencionar a boa comunicação verbal/falada. Em algumas situações, por exemplo, o domínio da comunicação é um dos requisitos para promover alguém, uma vez que escrever bem é um diferencial. 

E cá entre nós, nada mais trágico do que uma Secretária falando que está "Meia estressada com tanto trabalho" ou "Espero que eu seje a nova acessora da Presidência". 

É claro que isso não significa saber todas as regras gramaticais, embora não invalide nosso compromisso com a organização de ideias, clareza, concisão e o bom domínio de vocabulário.

Para isso, algumas dicas podem contribuir: 

Leitura – Tenha como hábito a leitura de diversos tipos de textos. Ao diversificarmos a leitura aprendemos palavras dos mais variados assuntos e campos de atuação, isso inclui revistas, livros, jornais, etc.

Consulte o dicionário: Tenha como hábito sublinhar ou anotar palavras desconhecidas e acima de tudo, tenha a curiosidade em descobrir o significado. Isso, seguramente, contribuirá para uma melhor escrita. 

Xô preguiça – Ao redigir um texto não tenha preguiça de se expressar. Considerando que vivemos o momento das “urgências” corremos ainda o grande risco de confundir objetividade com falta de informação. Por isso, sempre se coloque no lugar do leitor/receptor de sua mensagem. 

Treine - Escreva. Quanto mais você se acostuma a escrever, mais aprimora sua comunicação escrita. Redija e-mails, cartas, participe de fóruns, blogs (elogiando, comentando, criticando).  

Revise o que escreve: Tenha como regra revisar tudo o que escreve, até mesmo uma simples mensagem enviada por torpedo merece sua atenção. Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição. 

Atualize-se: “tudo o que você sabe é nada, diante do quanto você ainda pode aprender”. JACK WELCH. Por isso, invista em conhecimento e capacitação continua. Particularmente, Corroboro com a teoria de Malcolm Gladwell quando afirma ser necessário muito treinamento para que seja alcançada a excelência. 

Otimize seu tempo - O dia tem 24 horas para todos. Não tem ninguém que tenha um minuto a mais. E essas 24 horas, teoricamente, estão divididas em três blocos de 8 horas. No primeiro bloco de oito horas, descansamos, dormimos. No segundo trabalhamos e no terceiro bloco de oito horas, o que fazemos? Portanto, não procure desculpas. Otimize seu tempo. Faça com que as horas "perdidas" no trânsito e na fila do banco trabalham a seu favor.


Tenha ânimo: sabemos que culturalmente somos um povo que não cultiva o hábito da leitura. Segundo especialistas, a média de leitura do brasileiro é de quatro livros por ano, sendo que, somente cerca de 50% da população brasileira cultiva o hábito de leitura. Fazendo uma comparação com outros países, na França a média é de 12 livros por ano, na Espanha, 11, nos Estados Unidos, 10, na Argentina, 6, no Chile, 5. Então não desanime. Comece por uma leitura simples e por temas de seu interesse e quando menos esperar você estará em pleno domingo se deliciando pelos corredores de uma livraria, e falo isso por experiência própria. 

Penso que para desenvolvermos novos patamares culturais, intelectuais e profissionais, precisamos necessariamente ampliar nosso acervo de conhecimento, por isso, torna-se fundamental a leitura. 

A capacidade do cérebro humano é enorme, e uma vida inteira de estudo e leitura não serão suficientes para esgotar uma pequena fração de nossa capacidade.




POR: Simara Rodrigues
Blog Secretariar é uma Arte

segunda-feira, 29 de junho de 2015

AS FERRAMENTAS SECRETARIAIS





A Secretária Executiva utiliza, além das técnicas secretariais, ferramentas de motivação, liderança, comunicação, gestão, dentre outras, para o desempenho das suas funções.

Apresentamos a seguir, algumas habilidades específicas e imprescindíveis para a atuação eficaz de uma Secretária:


MOTIVAÇÃO - A motivação é uma das técnicas gerenciais, muito presente no dia-a-dia de uma Secretária, pois, sendo essa, um elo entre a alta hierarquia e demais clientes internos, a motivação deve ser a base para uma atuação adequada e harmoniosa.

A secretária pode atuar como agente motivador, transmitindo uma imagem positiva da sua área de atuação e promovendo o intercâmbio entre subordinados e chefias. Detalhes (aparentemente mínimos) como cumprimentar as pessoas; tratar a todos com igualdade, independente das diferenças culturais, sociais, econômicas, raciais e hierárquicas são fatores essenciais para a motivação; além de, lembrar detalhes pessoais como data de aniversário; elogiar um bom trabalho realizado contribui, sobremaneira, para a motivação das pessoas (elas se sentem lembradas, reconhecidas).


LIDERANÇA - A liderança é mais uma das técnicas gerenciais. A secretária precisa conhecê-la para poder auxiliar seu gerente a praticá-la no dia-a-dia. Observamos que essa habilidade hoje faz parte do contexto pessoal e profissional de uma Secretária Executiva. O líder é alguém que sabe o que precisa ser feito e como conseguir que seu pessoal execute as tarefas, permanecendo motivados, em constante harmonia. O líder compartilha, delega, mas não “manda”, por isso, sua postura diante dos funcionários já é sempre positiva.

COMUNICAÇÃO - A comunicação é um tributo essencial da atividade humana. Dela depende o entendimento social, familiar e profissional. O êxito da empresa, da gerência, da Secretária, depende essencialmente da habilidade dos indivíduos se comunicarem. A comunicação deve ser clara, objetiva e flexibilizada de acordo com a cultura de cada funcionário, pois, para se concretizar uma comunicação é necessário que a mensagem enviada seja plenamente entendida e recebida pelo interessado.

ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO - A administração do tempo é nada mais, nada menos, que se planejar e organizar sua rotina diária, a fim de que o trabalho seja desenvolvido, sem afetar sua qualidade de vida, tanto pessoal, quanto profissional. Saber organizar-se utilizando o tempo de forma adequada e “eficaz” é um desafio que, para muitos gerentes tem sido o objetivo prioritário nas organizações que inclusive, dedicam por livre e espontânea vontade, várias horas em treinamento especializado no assunto, mesmo que as organizações não tenham ainda despertado totalmente para tal necessidade. Os diversos autores que abordam sobre esse assunto, insistem em ressaltar a importância do papel da Secretária na administração do tempo próprio e na do executivo. A maioria dos treinamentos a respeito utilizam exercícios para serem feitos em parceria, pelo executivo e a Secretária.

RESPONSABILIDADE E DECISÕES - As atividades de uma Secretária ultimamente estão sendo enfatizadas pelo maior poder de decisão com que essas profissionais vêm atuando, nos mais diversos segmentos organizacionais. A responsabilidade está sendo exigida a cada trabalho executado e a participação nas tomadas de decisões tem sido um verdadeiro desafio na carreira de uma Secretária, que vem respondendo satisfatoriamente às organizações.

INFORMÁTICA – Além da sua contribuição estratégica, uma das ferramentas essenciais no trabalho de uma Secretária é a informática que, sem dúvida, proporciona inovação no trabalho Executivo/Secretária tornando-o mais ágil e eficiente, permitindo, assim, que encontrem mais tempo para outras atividades. A informática é um processo que possibilita novos desafios que motivam a profissional a acompanhar as novas exigências da empresa por meio de cursos para dominar conhecimentos em diversas áreas. Assim, a evolução profissional é dinamizada, para atingir o novo status, e é necessário entender que Secretária é uma profissão e não apenas uma função. É imprescindível estar sempre buscando o aperfeiçoamento e se atualizando em outras áreas. As empresas buscam Secretárias empreendedoras e polivalentes, com perfil de assessora, e que não somente atendam aos executivos, mas também estejam inteiradas das metas e resultados.

IMPORTÂNCIA DOS IDIOMAS - Num mundo em que tudo gira em torno da globalização é impossível esquecer a real importância de se dominar um segundo idioma. A língua mais imposta pelos países é o inglês, que deixou de ser apenas desejável para ser imperativa, porém, hoje o idioma espanhol está dominando também, o mundo dos negócios. Aprender um novo idioma não é mais um diferencial de um universo restrito de pessoas, mas uma necessidade básica para profissionais que atuam nas mais diversas áreas e para quem está se preparando para ingressar no cada vez mais competitivo mercado de trabalho. Hoje, para se conseguir um bom emprego, é necessário ingressar numa faculdade, fazer um bom curso de idiomas ou mesmo uma viagem de intercâmbio ou estudos. Conhecer e aprofundar-se no inglês há tempos deixou de ser um privilégio de poucos para cair nas graças de muitos. Exigir fluência no idioma é uma prática comum em diversas empresas, devido à internacionalização dos mercados mundiais, que transformou o inglês numa língua universal. O mercado atualmente considera requisito básico, no momento da contratação, que o candidato domine o inglês e, se possível, conheça um outro idioma, como espanhol ou alemão, por exemplo.




http://www.revistaeficiencia.com.br/Edicao3/arquivos/expansao_SemImagem3.htm





quinta-feira, 25 de junho de 2015

CULTIVE UM APURADO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL





Sei que muitos já escreveram sobre isso... Sei que você já ouviu isto em mais de três palestras que participou... Mas, sempre é prudente escrever mais uma vez...

Numa época em que se vivenciam mudanças, ao mesmo tempo radicais e muito rápidas, com grande fluxo de informações, faz-se necessário a excelência empresarial e profissional, com ênfase nos relacionamentos organizacionais, com a valorização do capital humano.

A formação dinâmica, nas áreas de Ciências Humanas e de Sociais Aplicadas, permite ao profissional de assessoramento executivo agregar conhecimentos de diversas áreas, dentre as quais está a gestão de pessoas. Suas funções são valorizadas pelo fato de agregar valores e responsabilidades no seu agir profissional, e por ter a sensibilidade de perceber a importância do valor do capital humano no mundo corporativo – principal gerador de riquezas deste século.

Por este motivo é uma categoria profissional que deve procurar desenvolver, concomitantemente as habilidades técnicas, habilidades na área humana, tais como: capacidade de relacionamento, trabalho em equipe, gestão e liderança, que proporcionaram sua ascensão no mundo corporativo.

Como professora e consultora tenho acompanhado situações de desvalorização profissional, estimuladas por gestores com uma visão restrita e desatualizada. Ainda vivem a realidade administrativa dos anos 60 quando os profissionais de secretariado eram considerados meros executores de tarefas rotineiras ao lado de dirigentes com a visão de “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. São gestores que dificultam oportunidades para o profissional demonstrar seus conhecimentos construídos na graduação ou habilidades desenvolvidas nas experiências profissionais.

Quem assessora deve ter habilidade técnica para visualizar e propor mecanismos para a racionalização de processos e procedimentos administrativos com os quais está diretamente envolvido, para simplificar e agilizar determinada atividade e, por consequência, tornar seu trabalho mais efetivo na consecução das metas organizacionais. Tendo assim, seu próprio tempo otimizado para gerenciar mais atentamente o relacionamento com clientes internos e externos.

O que se percebe é que o relacionamento com clientes internos e externos, muitas vezes, é prejudicado pela ausência de racionalização de procedimentos administrativos e execução de atividades meramente operacionais. O assessor deixa de pensar em caminhos que podem contribuir com a equipe gestora no aperfeiçoamento de ferramentas voltadas à otimização do processo decisório em si, pelo fato de estar “apenas” na execução de tarefas repetitivas e, quem sabe, muitas vezes desnecessárias.

O assessor executivo, que entende e chama para si pensar e fazer a gestão de determinados processos e procedimentos administrativos, está exercendo o seu verdadeiro papel de “secretário/assessor analista-simbólico”, corroborando com a classificação dada por Robert Reich, em seu livro O trabalho das Nações (1994). Lembrando que para o autor um analista-simbólico soluciona e identifica problemas e promove a venda de soluções por meio da manipulação de dados.

Ressaltando, quem assessora, além da capacidade técnica e específica da sua área de atuação, precisa cultivar um apurado relacionamento interpessoal, capacidade de trabalhar em equipe e administrar conflitos. Isto porque no seu dia a dia administra situações envolvendo toda a rede de relacionamento, seja interna – colaboradores da empresa - ou externa – clientes, fornecedores e parceiros. Porém, esta habilidade ainda passa despercebida dentro de muitas organizações.









terça-feira, 23 de junho de 2015

ETIQUETA PARA SECRETÁRIOS




Com uma boa vestimenta, podemos ficar elegantes e sérios, na medida necessária para bem atendermos e sermos discretos.

Porém, nenhuma vestimenta cairá bem se o secretário não souber se portar com os clientes ou com qualquer outra pessoa que adentrar a empresa. Por isso, segue hoje dicas de etiqueta e boas maneiras para secretários, que farão com que todos elogiem o comportamento deste profissional.

Vamos às dicas?

1. Sorria! Não importa o humor em que a pessoa esteja, se ela vê um sorriso franco e receptivo, ela se sentirá também receptiva. Por isso, dê o seu melhor sorriso sempre que avistar alguém entrando na empresa.

2. Nada de e-mails pessoais. Local de trabalho não é local de cuidar da sua vida pessoal. Parece grosseria, mas é verdade. A vida pessoal tira muito da concentração da pessoa, e o secretário deve estar 100% focado na empresa e nos clientes.

3. Nada de intimidades com os clientes ou com superiores: e isso vale mesmo quando ele estiver tentando ser mais simpático. O comportamento deve ser sempre formal. Cumprimentos na hora de chegada e saída, e se possível com o tratamento de “senhor” ou “senhora”. Por exemplo: “Bom dia, senhora _____, posso pegar sua bolsa?” ou “Posso acompanhá-lo até a porta, senhor _____?”. Educação e bons modos nunca são demais.

4. Usar sempre as regras de etiqueta ao telefone

5. Uma grande qualidade da secretária é saber ouvir! Tente, sempre que puder, ouvir mais e falar menos. As pessoas transmitem muitas informações importantes quando estão falando, então tente se atentar a tudo e filtre aquilo que é mais importante. O que nos leva ao próximo item…

6. Nada de fofocas! Essa é uma dica que fala por si só e vale para qualquer profissão.

7. Estude e pratique o bom português. Muito de sua imagem vem da forma como você se expressa. Uso de gírias, verbos mal conjugados, piadas, tudo pode depor contra você.

8. Procure sempre se atualizar. O mundo muda muito depressa, e as profissões também. Sempre use a internet a seu favor, para procurar dicas, inscrever-se em congressos e cursos, conhecer novas técnicas e métodos. Um profissional atualizado vale ouro!


Essas e outras dicas de comportamento e providências podem ser aprendidas em um bom curso de Secretariado.


http://www.blog.institutomonitor.com.br/index.php/2013/05/27/dicas-de-etiqueta/




segunda-feira, 22 de junho de 2015

CERIMONIAL E PROTOCOLO: A ÓTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS






Sempre que se trata do assunto cerimonial e protocolo surgem várias ideias ligadas a preciosismos desnecessários e supérfluos ou mesmo, numa linguagem vulgar, excesso de preocupações com detalhes, entendidos como “frescuras” que não levam a nada.


Na prática, isso representa um verdadeiro preconceito ou estereótipo adotado por muitas pessoas, que desconhecem o tema, sua abrangência e importância no dia-a-dia da vida pessoal, das atividades sociais e profissionais de todos nós e das empresas onde atuamos.

Interessante notar que a primeira lembrança sobre cerimonial com a qual lidamos está ligada à expressão comumente usada ao se receber um amigo em nossa residência ao dizer-lhe: deixe de cerimônia no intuito de fazer com que se sinta à vontade. Na verdade, o que se quer dizer, neste exemplo, é que a pessoa se comporte sem formalismos. Isso porque a ideia inicial que se tem de cerimonial é algo ligado a formalidades, a atos formais e solenes.

Conceitos


Para desenvolver essa ideia inicial, vale apontar e entender alguns conceitos próprios de cerimonial:

• Cerimônia - sequencia de partes que integram um evento ou ato formal;


• Solenidade - evento no qual a “pompa” se faz necessária, em função da característica protocolar e mais formal;

• Protocolo = conjunto de preceitos e normas legais que devem ser obedecidas, para dar maior solenidade (“pompa”) possível a determinados eventos ou atos, cuja grande significação convém ser ressaltada e destacada em determinada programação.

Na prática, pode-se inferir que o Protocolo é um conjunto de regras, aplicadas e seguidas pelo Cerimonial. E de modo mais enfático ainda: quanto mais solene for o evento, maior protocolo deve ser adotado.

Outro detalhe fundamental do qual não se pode afastar é a ligação e a interdependência entre Cerimonial, Protocolo e Eventos, o que corresponde à visão tríplice apresentada na Figura 1, que traduz a ideia de que quem faz eventos deve conhecer e dominar as técnicas do cerimonial e as normas e regras de protocolo:



Funções do Cerimonial

Pode-se também entender a inter-relação entre cerimonial, protocolo e eventos, pela simples identificação das funções do cerimonial que, na prática, são resumidas em:


• Disciplinar (regular precedência e adotar outras normas protocolares); 


• Organizacional (definir rituais, gestos, honrarias e privilégios, símbolos do poder, ordenando-os sincronicamente, como partes de um evento ou cerimônia);

• Semiológica (prever a linguagem formal, internacional e diplomática, e as formas de cortesia, de etiqueta social, de tratamento, de redação e expressão oficial)


• Legislativa (codificar a legislação, as regras, os costumes e preceitos, em normas de protocolo, no plano interno e externo);


• Pedagógica e Ética (comunicar e ensinar para transmitir valores, formas de etiqueta e boas maneiras, de acordo com as culturas e civilizações, comunidades ou organizações públicas ou privadas;

• Informal (realizar e comemorar datas e eventos sociais de toda ordem).

A ótica de Relações Públicas

A ótica de Relações Públicas é ressaltada a partir da visão do evento como um Veículo de Comunicação Dirigida Aproximativa – VCDA e o único a propiciar a interação e a integração entre a organização e seus públicos, constituindo-se em instrumento essencial à comunicação integrada ou global da organização: “uma questão estratégica no composto da comunicação” (onipresença).

Nesse contexto, Cerimonial apresenta-se como ferramenta de qualidade, que quer agregar emoção e destaque ao evento como o seu diferencial. Isso acontece a partir da ordenação e orientação para realização do evento (suas partes/ sequencia e programação geral), para cumprir e fazer cumprir as regras de Protocolo, de conformidade com o planejamento e em paralelo ao da organização, da coordenação e do controle, mediante o uso de instrumentos essenciais como o plano, o cronograma e o check-list do evento.

Na ótica de Relações Públicas não se admite mais o evento emergencial, o famoso “churrasquinho quebra-galho”, de última hora, que nada resolve, pois neste tipo de ação perde-se tempo e investimento.

A partir da premissa que evento sem planejamento é uma ficção, hoje, mais que nunca, além de concorrer para a construção da imagem positiva e fortalecimento do conceito corporativo, as Relações Públicas também contribuem para os resultados mercadológicos da empresa, por isso manter a visão tríplice de Cerimonial/ Protocolo/ Eventos/, é fundamental na dinâmica e na vida das empresas.


Paulo Regis Salgado
Profissional de Relações Públicas
Assessor de Cerimonial e Protocolo 
Professor de Cerimonial e Etiqueta 





sábado, 20 de junho de 2015

HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO




O que devo levar em consideração para saber se - como profissional do secretariado - tenho habilidades de comunicação?

Objetivamente respondendo, são habilidades de comunicação:

  • Expressar ideias com clareza e objetividade;
  • Saber dialogar;
  • Boa dicção;
  • Fazer-se entender;
  • Correção gramatical e ortográfica;
  • Coesão, poder de síntese;
  • Saber ouvir;
  • Saber perguntar e falar;
  • Poder de argumentação;
  • Sistematizar e redigir textos e documentos corporativos;
  • Compreender, interpretar, analisar informações e documentos, e recomendar encaminhamentos;
  • Utilizar diferentes tipos de linguagem diante da diversidade de situações.




sexta-feira, 19 de junho de 2015

NETIQUETA: REGRAS DE ETIQUETA NA INTERNET




Regras de comportamento são necessárias em qualquer tipo de convívio social e, na internet, isso não é diferente. Com a dificuldade em interpretar emoções e conotações na comunicação via web, uma etiqueta virtual se torna imprescindível.

A netiqueta (neologismo oriundo da fusão das palavras net + etiqueta) cumpre o papel de intermediar a boa comunicação e prezar por uma vivência virtual harmônica. Para promover essas regras, montamos um guia com algumas regras básicas de netiqueta e também o que não é aceitável no mundo da web. Confira!

Netiqueta – mensagens

Evite escrever em letras maiúsculas

Na hora de escrever uma mensagem (seja um e-mail profissional ou uma conversa em rede social), evite escrever em letras maiúsculas. Como a internet tem suas limitações na hora de imprimir emoções, as letras maiúsculas acabam sendo usadas como “grito”. Uma mensagem inteira assim pode denotar outro sentido, mesmo sem querer. Também é interessante escrever seus textos de forma clara e objetiva. Negritos, itálicos e sublinhados são utilizados apenas em pontos específicos de detalhe. Abusar de gifs animados e fontes coloridas também não é uma boa escolha.

Evite escrever em outra língua

Evite escrever em outra língua, a não ser que seja solicitado. Não dá pra saber se todo mundo irá compreender a sua mensagem, principalmente fora de ambientes corporativos.

Divida seu texto em blocos

Na hora de escrever uma mensagem longa, divida o seu texto em blocos e, se possível, por subtítulos. Mensagens grandes e contínuas são cansativas, ainda mais em uma tela de computador.

Mande e-mails em cópia oculta

Na hora de mandar e-mails para mais de uma pessoa, opte por mandar em cópia oculta, principalmente se essas pessoas não se conhecem. Isso diminui a possibilidade de spams e mensagens indesejadas.

Netiqueta – fóruns e redes sociais

Respeite as regras do grupo

Antes de disparar mensagens em algum grupo, entenda o funcionamento dele. Muitos grupos têm documentos com regras e orientações aos participantes.

Procure antes de perguntar

Procure no histórico do grupo se a sua dúvida ou mensagem já não foi tema de debate. Caso tenha sido, mas você deseja realizar um novo comentário, não abra outro tópico. Escreva no tópico existente e “reaviva” a discussão.

Não repita mensagens

Não mande as mesmas mensagens várias vezes. Isso é uma forma de spam e torna os fóruns desagradáveis.

Seja educado e respeitoso

Seja sempre educado e respeitoso com todos os participantes e acate as decisões de moderadores. Eles estão ali exatamente para conduzir os fóruns de uma forma benéfica a todos.

Evite escrever mensagens acaloradas

Com o “anonimato” que a internet oferece, é muito comum que as discussões atinjam níveis que, na realidade, não atingiriam. Lembre-se que a internet é um espaço de convívio como qualquer outro e o bom senso deve sempre falar mais alto.

Netiqueta e o falso anonimato da internet

Já se tornaram rotineiros o aparecimento de casos de agressão verbal, violência, ameaças e preconceito na internet. Por estarmos atrás de uma tela de computador, temos a falsa sensação de que estamos impunes, protegidos pelo anonimato e que a internet se torna um espaço aberto para falarmos o que quisermos, da maneira que quisermos e para quem quisermos. Na realidade, isso não é assim.

Nunca devemos esquecer que o contato feito via web é sempre recebido por outra pessoa e não simplesmente por uma máquina. Direitos civis e privacidade devem ser respeitados em qualquer lugar, inclusive na web. A máxima de “faça para os outros o que você deseja que façam para você” nunca foi tão necessária em nosso tempo.

Atente-se para a maneira que você se porta na internet para que ela seja um espaço de aprendizado, compartilhamento saudável e boas relações.

Outras dicas de netiqueta

Vídeo produzido pelo Olhar Digital: http://olhardigital.uol.com.br/









quinta-feira, 18 de junho de 2015

ABRAÇOS... (NÃO "BEIJOS"...) É UM E-MAIL CORPORATIVO.




Sempre foi assim... Independentemente da tecnologia que temos à nossa disposição, a comunicação escrita empresarial sempre exigiu de nós muita responsabilidade e habilidade ao redigir. Afinal de contas, como o próprio nome já diz - “empresarial” ou “corporativo” - quem escreve, escreve em nome de uma corporação e não de seu próprio.

Como profissionais de secretariado, estamos a serviço de uma corporação e de gestores que têm uma imagem a zelar e preservar. A redação e o layout de uma carta, por exemplo, devem retratar o que é a instituição. Como ela quer ser vista pelo mercado. O que confere a quem escreve um e-mail em nome da empresa dupla responsabilidade.

Todos, que se utilizam de ferramentas eletrônicas de comunicação, devem ter o conhecimento mínimo dos códigos de ética e relacionamento que regem este espaço. Regras de Netiqueta. Isso vale para quem elabora e-mails corporativos.

Assim como há normas e um padrão para a elaboração de ofícios, memorandos e demais documentos empresariais, também há para o e-mail.

Por se tratar de uma comunicação eletrônica, a velocidade é a tônica. Dá a muitos profissionais o entendimento de que não se precisa obedecer normas e critérios. Que é só apertar o send....e foi.....

Claro que não é bem assim. Estamos tratando de um tipo de correspondência corporativa. Mais informal, porém do mesmo modo precisa ser respeitosa e com uma linguagem objetiva, coesa, clara, sem erros gramaticais e ortográficos.

Por ser um instrumento de comunicação mais informal, sua saudação é mais direta: “bom dia, Fulano de Tal”, “Olá, Senhor Fulano de Tal”. É algo mais informal como é a característica do e-mail. Jamais se vai direto ao assunto. Nada de “Ilustríssimo Senhor, Fulano de Tal”.

Mais um lembrete: sempre preencher o campo Assunto, de forma objetiva. Trata-se de um campo considerado indispensável.

Finalizando-o, cabe uma despedida simpática e assiná-lo com a identificação do remetente. Dê preferência a uma assinatura padrão. Nada de símbolos e emoticons.







quarta-feira, 17 de junho de 2015

SECRETÁRIO EXECUTIVO: VOCÊ SE ENCAIXA NISSO?




Antes de começar seu dia na empresa, já tem planejado cerca de 70% de seu trabalho.

Tem conhecimento claro e concreto dos principais eventos/compromissos da agenda de sua chefia imediata nas próximas duas semanas.

Ao invés de apenas "fazer as coisas", você analisa as necessidades da atividade e então planeja, organiza, controla e coordena o fluxo de trabalho.

Demonstra capacidade de gerenciar as informações da área que assessora, funcionando como um banco de dados que recebe, reúne, armazena, filtra e divulga para quem de direito.

Sua chefia lhe consulta para obter informações e dados antes da tomada de decisões.

Organiza a sistemática de seu trabalho de tal forma que permite ao dirigente trabalhar com uma temporária, caso você tenha que se afastar.

Costuma facilitar a comunicação e o relacionamento interpessoal com as pessoas que procuram o dirigente.

Tem por hábito dialogar com a chefia imediata para encontrar meios de contribuir de forma estratégica e eficaz para o desempenho do setor/departamento/área/diretoria.

Considera-se respeitado (a) no espaço de trabalho por se envolver na implementação de melhorias em rotinas e procedimentos administrativos.


Parabéns! São os primeiros e essenciais passos para quem - de fato - almeja um reconhecimento como um futuro talento na área do secretariado e assessoramento executivo.











terça-feira, 16 de junho de 2015

SOBRE O DIABO VESTE PRADA E A VIDA REAL






Assistindo novamente o brilhante filme "O Diabo Veste Prada", eu decidi analisar mais a fundo a personagem Andy (protagonista do filme) e percebi que o filme vai muito mais além do que podemos imaginar.

Dei-me conta que muitas pessoas no início da carreira se sentem exatamente como ela: perdidas, injustiçadas ou exploradas por seus superiores e chefes.

Diante de uma série de demandas elas não têm outra saída a não ser superarem a si mesmas, mas, talvez, durante o processo elas não saibam disso totalmente.

Lendo mais a respeito da personagem, encontrei um texto escrito por Alessandra Garattoni chamado "Uma aula de trabalho com Andy Sachs" que achei muito interessante e pode ajudar você que se vê no lugar da personagem do filme. Acredite, o que parece ruim pode na verdade ser o maior teste profissional da sua vida.

UMA AULA DE TRABALHO COM ANDY SACHS

Já tinha escrito sobre Andy, a personagem principal de O Diabo Veste Prada, em um post da primeira fase do It – republicado aqui. Mas, ao contrário desse primeiro post, mais focado em estilo e beleza, dessa vez a intenção é outra: foco no que ela mostrou como (ótima, até boa demais!) funcionária.

PEDIDOS IMPOSSÍVEIS?! ATENDA, UÉ!


Má notícia 1: chefes como Miranda Priestley (e pedidos tão surreais como o manuscrito do não-publicado livro do Harry Potter) existem e, infelizmente, são mais comuns do que se imagina.

Má notícia 2: sim, nos seus primeiros anos de carreira, é possível – e provável – que você tenha que se curvar e atender a essa demanda quase não-humana como se ela fosse absolutamente normal.



Má notícia 3: atender essa demanda significa tirar forças, energias e talentos que você nem imaginava ter dentro de você, algo fundamental pra sedimentar sua base de carreira. Em alguns momentos vai parecer uma gincana maluca; em muitos dias você vai se perguntar o que está fazendo ali. Mas assuma isso como parte do processo. Vai te fazer crescer e amadurecer. Acredite: vai contribuir para sua formação.


IMAGEM PESSOAL IMPORTA SIM!



Não é superficialidade. Uma pessoa com cabelos limpos, um tiquinho de maquiagem e cuidado com o que veste inspira mais confiança do que uma que aparece no escritório descabelado, com olheiras profundas e roupa rasgada/curta demais. Ao menos na primeira imagem que todos formamos de um ser humano! Pelo sim pelo não, faça como Andy e, mais do que se render, se adeque ao ambiente no qual está. A observação (ao redor) é sempre a melhor aliada.


A HORA DE EVOLUIR



Comodismo, medo, apego à zona de conforto… são infinitos os motivos que, muitas vezes, atrapalham o crescimento e a evolução de um bom profissional. Tão importante como saber a hora de ficar (no cargo, na empresa, na rotina dos pedidos impossíveis) é a hora de saber a hora de sair, a hora de dizer não, a hora de mudar. Lembra-se das más notícias citadas ali no primeiro tópico? Enfim, uma boa notícia: existe um prazo de validade pra ser personagem de gincana, ao menos se você se transformar em um bom e completo profissional, coisa ainda rara no mercado. Uma vez estabelecido e com uma rede de contatos, não alimente nem, muito menos, dê prosseguimento a esse círculo vicioso quase doido – na prática, não se transforme também em uma Miranda Priestley pra se vingar dos que te fizeram sofrer, por favor! Resumidamente, trate de fazer como Andy e atender às mais absurdas ordens. Mostre-se competentíssima e à prova de testes, sem medir esforços. Mas, uma vez mais maduro e preparado, saiba a hora de colocar um ponto final e seguir em frente, há pessoas normais no mercado também! Nem Andy Sachs quis ser Andy Sachs pra sempre…

BOA NOTÍCIA: existe um prazo de validade pra ser personagem de gincana, ao menos se você se transformar em um bom e completo profissional, coisa ainda rara no mercado. Uma vez estabelecido e com uma rede de contatos, não alimente nem, muito menos, dê prosseguimento a esse círculo vicioso quase doido – na prática, não se transforme também em uma Miranda Priestley pra se vingar dos que te fizeram sofrer, por favor!


Resumidamente, trate de fazer como Andy e atender às mais absurdas ordens. Mostre-se competentíssima e à prova de testes, sem medir esforços. Mas, uma vez mais maduro e preparado, saiba a hora de colocar um ponto final e seguir em frente, há pessoas normais no mercado também! “Nem Andy Sachs quis ser Andy Sachs pra sempre…”.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

EMPREGADA OU SECRETÁRIA?



Uma não substitui a outra; uma não é melhor do que a outra. Ambas são indispensáveis, cada uma em seu ambiente de trabalho. Ouvi em algum lugar que o número de empregadas domésticas tem diminuído de ano a ano no Brasil. É uma boa notícia. A oferta de empregos aumentou e essas profissionais estão buscando colocação em outros setores, onde possam ganhar mais e alinhavar um plano de carreira. 


Pode ser bom inclusive para seus empregadores, que terão que se adaptar a um novo estilo de vida: eles próprios farão os afazeres domésticos, convocando a família inteira para colaborar. Ninguém morre se tiver que cozinhar e lavar uma louça, e me parece digno que os filhos entrem nesse mutirão, se preparando melhor para a vida. Hoje não mexem um dedo porque tem uma Maria que faz tudo por eles. Pois a Maria, segundo estatísticas, não quer mais ser empregada doméstica, e sim ter um status mais elevado. Quem sabe, ser uma secretária. 



Muitas pessoas chamam suas empregadas de secretárias, na boa intenção de prestigiá-las. Acho estranho. Então devemos chamar as verdadeiras secretárias de quê? Empresárias? Pessoas que promovem verbalmente suas funcionárias acreditam estar valorizando-as, mas parece o contrário: demonstram que ser empregada doméstica não é honroso, a ponto de fingirem que elas são outra coisa. Se eu me referisse à minha empregada como "secretária", creio que estaria revelando desdém a sua real função. Seria o mesmo que chamar o peão-de-obra de engenheiro ou a garçonete de chef de cozinha. 


Um upgrade de mentirinha. Algumas empregadas domésticas ainda não são totalmente alfabetizadas. Não dominam o uso do computador. Não controlam a agenda profissional de seus patrões. São exímias cozinheiras, arrumadeiras, braços direitos das famílias, mas não fazem o que uma secretária faz. Assim como secretárias podem não saber fritar um ovo e nem passar direito uma camisa. Uma não substitui a outra. 

Uma não é melhor que a outra. Ambas são imprescindíveis, cada uma em seu ambiente de trabalho. Se a palavra "empregada" parece pejorativa, pode-se chamá-la de funcionária, que é o que ela é também. Já chamá-la de secretária apenas expurga a culpa do patrão, que não quer parecer um senhor do engenho, do tipo que tem escravos. Ou seja, ele se utiliza de um eufemismo para provar que respeita todos os direitos trabalhistas da sua funcionária. 

Nem se dá conta de que esse pudor com a palavra empregada talvez desmereça as profissionais que tiveram a chance de estudar mais e que fizeram cursos preparatórios para trabalhar numa empresa e não numa casa de família. 

Secretárias não fazem trabalho doméstico, e sim de escritório. Apesar de eu nunca ter lido nenhuma pesquisa a respeito, tenho a impressão de que elas devem se sentir desconfortáveis ao verem as duas funções confundidas. 


Eu, às vezes, me confundo. Outro dia me disseram: vou te levar lá em casa para provar o suflê de queijo que a minha secretária preparou. Logo pensei: coitada, fazendo hora extra. 



(Martha Medeiros)

http://www.secretariaecia.com.br/2012_02_01_archive.html 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

NAMORO NO TRABALHO EXIGE COMPORTAMENTO CUIDADOSO




Muitas empresas proíbem. E aquele conhecido ditado malandro alerta: “Onde se ganha o pão não se come a carne”. Mesmo assim, o convívio diário no trabalho e as afinidades que vão aparecendo contribuem para a aproximação de profissionais que, muitas vezes, acabam virando namorados. Uma vez que o namoro já é uma realidade, o que fazer para evitar complicações e até a perda do emprego? O Delas consultou especialistas para responder essa pergunta. 


Antes de tudo, é preciso saber que o namoro entre colegas de trabalho é mais frequente do que se pensa. “Relacionamentos amorosos nas empresas ocorrem com uma grande incidência. E a razão para isso é simples: no ambiente de trabalho, homens e mulheres convivem mais de oito horas por dia. Em muitos casos, essa convivência é superior às horas despendidas com a família”, explica João Jose da Costa, executivo de recursos humanos e autor do recém-lançado “Afrodite S.A.”, livro que trata justamente dos riscos e cuidados necessários para romances no meio corporativo. 


Mas apesar do fato ser comum, não é fácil manter um relacionamento no trabalho. O especialista em recursos humanos e em comunicação verbal Reinaldo Passadori diz que vários problemas são criados porque os pares muitas vezes não conseguem manter uma distância necessária no escritório. “Os parceiros sentem ciúmes e qualquer movimentação gera desconfiança, o que perturba o ambiente profissional”. 


Além da distância necessária, outros cuidados são importantes para que o doce do namoro não deixe amarga a vida profissional do casal. As dez dicas a seguir orientam os enamorados sobre o comportamento desejado e esperado nas empresas. 

1. Contar ou manter segredo: “Nenhuma relação recém-iniciada deve ser comentada até que haja absoluta certeza da seriedade e longevidade do relacionamento”, pondera Passadori sobre a hora certa de contar no trabalho sobre o namoro. “O amor se revela em gestos, olhares, pelo tom das conversas”, lembra Costa, ressaltando que também não dá para esconder o jogo por muito tempo quando a coisa fica séria. 

2. Romance à mesa: Como qualquer casal, principalmente no início da relação, todas as horas do dia são poucas para ficar juntos. E no trabalho, a hora do almoço se torna ideal para isso. Mas o casal não precisa almoçar isolado sempre, fica chato. Convidar os outros colegas para a refeição é uma boa política e ainda demonstra respeito por eles. Manter a individualidade e continuar almoçando com os amigos do setor também é uma demonstração clara de que os pares sabem separar amor e trabalho. 

3. Selinho pode? Pela distância das salas de trabalho, os elevadores e hall do prédio podem encorajar beijinhos rápidos. Mas os consultores advertem que essa não é uma boa ideia. “Há câmeras espalhadas por todos os cantos da empresa”, aponta Costa, que completa: "Manifestações mais íntimas podem indicar falta de comprometimento profissional". Melhor evitar. 

4. Recreio: Faltando pouco tempo para fim do expediente, dá pra ir até mesa do namorado jogar um pouco de conversa fora? Claro que não. “Os fofoqueiros de plantão com certeza não perderão a oportunidade de comentar a dispersão e perda de horas produtivas com bate-papo”, avisa Costa sobre o desaconselhável “recreio particular”. 

5. Dando bandeira: Os dois chegam com os cabelos molhados e esbanjando sorrisos no escritório. Pode até ser que não, mas poucas pessoas vão acreditar que se trata de uma simples coincidência. Sobre a situação, Costa é categórico: “Quase sempre é o início de uma deterioração da imagem na empresa. É dispensável correr esse risco com tantas noites de sexta-feira, feriados e finais de semana livres. Controlem os corações e os hormônios”, avisa. 

6. Queridinha do chefe: As coisas se complicam para o casal quando um é chefe do outro. Nesse caso, é comum os colegas sugerirem que há favorecimento do subordinado. De acordo com Passadori, se as insinuações forem ocasionais, a melhor conduta é a indiferença. Mas se elas forem constantes, então será preciso marcar posição e deixar claro o lado ético e profissional da dupla. 

7. Cara feia: No caminho para o trabalho, o casal tem aquela briga. Quando chegam ao escritório, eles não conseguem disfarçar a cara emburrada. Costa explica o erro: “Se o casal demonstrar que está brigado, certamente será alvo de indagações, tentativas de apaziguamentos, colegas que se colocarão do lado de um e contra o outro, etc. O ideal é manter as aparências”. 

8. "Curtir" o namorado: Os apaixonados costumam achar que tudo que o parceiro diz é engraçado e brilhante. Na hora do almoço – ou no meio do expediente, correm para dar um “like” em tudo que o amado posta no Facebook. Sem esquecer aquelas mensagens carinhosas no Twitter e as longas conversas no Messenger. Logo muitos vão dizer que eles “não são mais os mesmos”, que a falta de foco anda prejudicando a qualidade do trabalho. “Não se deve enviar mensagens ou expor intimidade na internet nem oralmente. Isso constrange os outros e dá motivos para fofocas”, diz Passodori. 

9. Confidências: O melhor a fazer é não ficar contando as intimidades do casal para outros colegas. “Para a grande maioria de pessoas, guardar um segredo torna-se um ‘fardo psicológico’. Ou seja, enquanto essa pessoa não repassa o segredo, ela não se vê livre desse fardo”, opina Costa. Assim, não exija tanto esforço de seu colega de trabalho, simplesmente não conte nada.


10. Segure a onda: O ciúme pode ocorrer e ocorrerá com certeza – muitas pessoas até provocam essa situação para ver o circo pegar fogo. “Mas os casais devem resolver isso de forma particular, fora da empresa”, destaca Costa, deixando claro que é o autocontrole é positivo profissionalmente, demonstra confiança e estabilidade emocional. 









A BANALIZAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL






Este artigo pretende possibilitar um conhecimento mais profundo dos aspectos subjacentes ao assédio moral, cuja compreensão faz-se necessária para a conscientização de um investimento mássico em implantação de ações de sua prevenção.


O assédio moral é um psicologismo pervertido que expõe traços patológicos da cultura empresarial, conseqüência direta dos novos métodos de gerência em que prevalecem a competição deslavada, o abuso de poder e a manipulação perversa das vítimas.


Segundo Almeida (2002, p.1-7), um dos primeiros efeitos do assédio moral, que atinge diretamente a produtividade e favorece o absenteísmo, é a redução da motivação e do nível de auto-estima do empregado, por não ter espaço para criar e inovar. 


Assim, trabalhadores tendem a prejudicar-se e a própria empresa, na medida em que são vitimados pelas conseqüências negativas de um sistema operacional ineficiente (YOKOYAMA, 2005, p.22). 


ASSEDIO MORAL 


Com a globalização, importou-se uma cultura individualista que prioriza os fatores econômicos em detrimento aos fatores humanos, na qual procedimentos aviltantes e ofensivos à dignidade e reputação do trabalhador como o desprezo, clima de terror, desprezo e manipulação da comunicação e informação, tornam-se práticas institucionalizadas na empresa, gerando a violência psicológica laboral e desencadeando o fenômeno do assédio moral. Segundo Leymann (1996, p.35), este psico terrorismo é a desqualificação gratuita que atinge o funcionário não apenas psicológica e emocional, mas, também, fisicamente. Um assassinato lento que precisa ser punido, uma vez que a infelicidade é num ralo financeiro concreto.


Assim, não obstante os avanços na área tecnológica, houve um retrocesso na área social, como conseqüência da desvalorização do trabalhador.

De acordo com Bitelli (2002, p.01) e Figueiredo (2002, p.122), o assédio moral cria um ambiente desagradável reduzindo a produtividade de todos. Atualmente, o trabalho tornou-se quase um privilégio. Vivê-lo com sofrimento é um duplo desperdício e reduz a vida a um drama no local de trabalho. Concordando, Yokoyama (2005, p.19-20) diz que:


Subestimado no potencial funcional e intelectual, o funcionário sente-se frágil e desvalorizado e acaba sendo ineficiente e inativo, comprometendo o seu desempenho profissional. Desestabiliza-se a sua relação, pois, provavelmente, os demais funcionários sentir-se-ão afetados de forma indireta pelas agressões. Cerceando-se, assim, o exercício da criatividade, é natural que a produtividade seja reduzida e o absenteísmo favorecido. [...] Criar condições mais harmônicas nas organizações e resguardar a saúde física e mental do trabalhador são quesitos essenciais dentro desta perspectiva. Porém, na prática, verifica-se que as manifestações de assédio moral nas organizações crescem proporcionalmente ao aumento da submissão coletiva construída e alicerçada no medo do desemprego.

Ademais, se a vítima do assédio tentar buscar apoio, dificilmente conseguirá que alguém compartilhe a responsabilidade como testemunha, pois, ou irão alegar desconhecimento dos detalhes ou irão minimizar a importância do fato como se fosse uma distorção de percepção da vítima (FREITAS, 2001, p.8-19). Houve uma banalização do termo assédio moral, tornando-o uma ocorrência perfeitamente normal no cotidiano das organizações, onde métodos de assédio estão constantemente mascarados em modernas técnicas de recursos humanos.


De acordo com Yokoyama (2005, p.145), Ades (1999, p.42) e Thomson (1997, p.73-80), mecanismos para dar à vítima do assédio o direito de denunciar, como palestras, ações coletivas e campanhas de mobilização, tornam-se inócuos frente a um problema que é estrutural e não individual. Além disso, o senso do perigo de carência financeira para o indivíduo e sua família e, também, de tempo de procura por outra posição, sobrepuja veleidades de reação à moda antiga através de confronto direto com o agressor. Do mesmo modo, Sotto Mayor (2004, p.01) diz:


Denunciar é a única forma de acabar com o assédio. É preciso, porém muita coragem para fazê-lo e estar vivendo uma situação-limite, pois tal denúncia significará muitas vezes uma ruptura definitiva com a empresa. Há que se lembrar também que não existe a certeza da acolhida por parte da empresa e que, mesmo que algum processo legal seja desencadeado, muito dificilmente ele trará resultados favoráveis à vítima [...] A única certeza que a vítima terá ao romper com o processo de assédio é que [...] ela obterá sua vida de volta.


Todavia, Yokoyama (2005, p.40) alerta que, devido ao custo econômico e social do assédio moral, as organizações precisam conscientizar-se sobre a necessidade de se coibir comportamentos doentios, frutos tanto de uma administração rígida, dominada pelo terror e pelo silêncio, quanto da administração frouxa, insensível aos valores éticos e que tenta administrar os problemas de desentendimento sem fazer nada e que dão azo ao assédio moral.


Pode-se concluir que o assédio moral custa caro para as vítimas porque precisam se tratar, as vezes perdem o emprego e outras vezes precisam recorrer a um advogado para defender seus direitos. Este custo também se estende à sociedade que arca com as despesas das pessoas que ficam doentes e impedidas de trabalhar. Custa caro para as empresas devido ao problema do absenteísmo associado à desmotivação e perda de produtividade, à degradação do ambiente de trabalho e à deterioração de sua imagem pública. Ou seja, todos perdem com o assédio moral (YOKOYAMA, 2005, p.77).


Nesse sentido, Soares (2001, p.102-109) declara que, mesmo adoecido, o trabalhador continua trabalhando porque, mais do que fonte de sobrevivência, na sociedade capitalista o trabalho constitui-se na principal identidade do cidadão e é ele que define o seu lugar na sociedade. Cabe salientar que o resultado da pesquisa realizada por Yokoyama (2005, p.112) corrobora este parecer: 


[...] o problema da empregabilidade é uma inesgotável fonte de oportunidades para a prática do assédio moral. Ancorados no medo dos empregados de perder o emprego, os empregadores adotam uma cultura baseada na gestão tirânica desenvolvida ao longo de muitos anos, segundo depoimento dos respondentes, e escravagista e, também, em paradigmas e pressupostos obsoletos. 


Ademais, Eichenberg (2002, p.14-15), Jesus (2002, p.1-2), Soares (2001, p.102-109), Olweus (1997, p.170-190) e Moraes & Silva (2000, p.69-71), destacam que:

• Estatísticas da União Européia mostram que 8% de todos os trabalhadores (12 milhões, de 147 milhões) sofrem humilhações por parte de chefes e colegas de trabalho;

• Estima-se que entre 10% a 15% dos suicídios, na Suécia, sejam decorrentes do assédio moral;

• Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é um dos principais fatores de aposentadoria precoce;

• As empresas nacionais de médio porte e escoradas em estruturas familiares são as que costumam apresentar o maior índice de chefes perversos por metro quadrado;

• Na Noruega, aproximadamente 9% de crianças de primeira à nona série são submetidas ao assédio moral. 

Em 2001, a psicóloga francesa Marie-France Hirigoyen obteve as seguintes conclusões em sua pesquisa (EICHENBERG, 2002, p.14-15):

• Há mais vítimas mulheres do que homens, 70% a 30%;

• Os setores mais atingidos são as administrações públicas (nas quais não se pode demitir facilmente), o comércio e o ensino. Interessante notar que há mais assédio moral nos contextos onde há rivalidades e poder em jogo, como, por exemplo, nas associações humanitárias ou caritativas;

• As áreas em que há mais assédio são gestão, contabilidade e funções administrativas (46% dos casos);

• A média de idade das vítimas é 48 anos (8% têm entre 26 a 35 anos, 43% têm de 46 a 55 anos e 19% têm mais de 56 anos);

• Os métodos mais utilizados são manobras de isolamento e recusa de comunicação (58%), que podem ser combinados com ataques à dignidade (56%) e às condições de trabalho (53%) e com violência verbal, física ou sexual (31%);

• O chefe é responsável por 58% dos casos de assédio moral. Um grupo de chefes e colegas, por 29%. Só os colegas, por 12%. E os subordinados, por apenas 1%;

• A duração do assédio é de três anos em média. Entre as pessoas que responderam ao questionário, 73% estavam suspensas do trabalho por ordem médica e 37% deixaram o emprego (20% foram demitidas por falta; em 9% dos casos a saída foi negociada; 7% demitiram-se; e 1% foi colocada em pré-aposentadoria). 


Sobretudo, a empresa precisa criar medidas preventivas de gestão de recursos humanos para coibir o assédio moral, porque o processo de perversão, além de se constituir em uma afronta às normas sociais, deve ser examinado como um sinal de alerta quanto à personalidade e à racionalidade fria do agressor, combinadas com as suas habilidades em desenvolver um comportamento predatório que acaba com as defesas físicas da vítima, deixando marcas terríveis e seqüelas irreversíveis na sua integridade psíquica que, muitas vezes, minam as possibilidades de ter sua vida de volta ou a chance de um novo recomeço. De acordo com os resultados da pesquisa de Yokoyama (2005, p.114): 


[...] não é a competitividade que torna as pessoas perversas, a perversão é inerente à própria natureza humana. Não é o instinto de sobrevivência que torna as pessoas capazes de se deixar persuadir e de abandonar seus próprios referenciais, aderindo ao grupo mais forte, mas o prazer de ver o sofrimento alheio. 


Ademais, em muitos casos, os reflexos negativos do assédio moral na administração da organização tornam-se fator determinante de seu fracasso, uma vez que os assediados, geralmente, são pessoas que realmente têm talento e causam inveja (YOKOYAMA, 2005, p.21). 


CONCLUSÃO 


Acredita-se que este artigo mostrou a importância fundamental na promoção de um trabalho de prevenção e conscientização sobre o potencial destrutivo do assédio moral, para acabar com a cumplicidade e tolerância com o indivíduo perverso e neutralizar a disseminação desse psico terrorismo, inibindo os contextos propícios à sua ocorrência e as suas conseqüências nos custos sociais e econômicos, uma vez que a produtividade está diretamente ligada a um ambiente sadio, onde a cooperação e a solidariedade são fundamentais.



Outrossim, procurou-se mostrar que, apesar da visão financeira ainda prevalecer, em detrimento de uma perspectiva mais ampla de gestão empresarial, as empresas não conseguem sobreviver somente com a superioridade tecnológica, uma vez que, como diz Cavalcanti (2004, p.58): “no final de tudo, são as pessoas que movem a organização, também são as que coletam, filtram, interpretam, disseminam os dados, as informações, o conhecimento e a inteligência”, ou seja, as pessoas não podem ser encaradas como objetos descartáveis. 


AUTORES:

YOKOYAMA, Neide
SAKURAI, Vanessa Fuku

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