segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

COMO POSICIONAR-SE NO FACEBOOK: O QUE NÃO FAZER




As pessoas nunca estiveram tão expostas quanto agora. O advento das mídias sociais fez com que as relações passassem a outro patamar. Houve uma mudança total de paradigma no aspecto da comunicação. Tanto empresas quanto pessoas estão usando, de acordo com o grau de interesse, essa ferramenta, que tem um custo relativamente baixo. Importante ressaltar neste contexto que as informações ficam muito mais acessíveis. E é muito comum empresas deixarem de contratar profissionais após verem seus perfis no Facebook, da mesma forma que outros são demitidos pelo mesmo motivo.

Mas quais são os critérios para um posicionamento que não compromete? Enumerei nove dicas, a partir das minhas próprias observações do mercado e das pessoas na rede, do que não é aconselhável.

1 – Não se posicione em nenhum tema polêmico. Assuntos como futebol, religião, política ou sexualidade, por exemplo, sempre envolvem paixões. E quando você “abre o peito” para emitir opinião em relação a esses temas, certamente está desagradando alguém. 

2 – Não exponha sua intimidade. Uma postagem ou outra de momentos especiais certamente chamarão a atenção dos seus amigos e tornarão seu perfil mais humano, mas a vida íntima em detalhes e exposta diariamente não vai agregar em nada.

3 – Não ostente em exagero. É muito importante que você passe uma imagem de profissional e de pessoa bem sucedida, mas o excesso pode despertar a inveja e até fazer com que você seja antipatizado por seu próprio público.

4 – Não compartilhe tragédias. Infelizmente é comum as pessoas se interessarem por notícias ruins, imagens fortes, fofocas e afins. Evite entrar nessa “onda”. Seja portador de notícias boas e mensagens positivas.

5 – Não publique fotos em que não está bem. A imagem é muito importante, haja vista a quantidade de curtidas e compartilhamentos de mensagens que têm fotos, que é muito superior as que contêm apenas textos. Por isso, só publique fotos em que está bem e apresentável.

6 – Não marque pessoas sem critério. Se for fazer marcações nas suas postagens, só marque quem realmente interessa. Acredite, o fato de sair marcando todo mundo nos posts só para ter visualizações e compartilhamentos não é elegante. 

7 – Não repita postagens. Ao fazer uma postagem sobre determinado tema, tenha o cuidado de verificar se já não o fez. Postagens seguidas sobre o mesmo assunto podem fazer com que você seja visto como um chato. 

8 – Não convide pessoas para jogos. Enviar convites para jogos, eventos ou simplesmente adicionar uma pessoa a um grupo que não tem nada a ver com ela certamente irá desagradar, portanto, esqueça.

9 – Não transforme seu perfil em diário. Existem outras redes sociais próprias para isso, se é que algumas coisas precisam ser compartilhadas. O tal do “vou almoçar agora”, “se sentindo triste” ou “o que tem pra hoje” é duro de aguentar. Continue e perderá amigos. 

Portanto, pense bem antes de fazer a próxima postagem. A questão não é só a “vergonha alheia” que irá causar, ou amigos que poderá perder. Em uma dessas, uma boa oportunidade profissional poderá passar, e o pior, você nem saberá o motivo.



http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/como-posicionar-se-no-facebook-o-que-nao-fazer/92838/ 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS ESSENCIAIS DO SÉCULO XXI







1. Conhecimento tecnológico e de novas tendências - Com a avalanche de novos produtos que têm sido disponibilizados para tornar as empresas cada vez mais inovadoras e eficazes em seus serviços e produtos, é preciso estar literalmente "antenado" para conhecer e utilizar estas novas tecnologias. Não basta, por exemplo, ter experiência de vários anos como garçom, quando se pretende trabalhar em um restaurante que utiliza novas tecnologias na execução dos pedidos dos clientes. Se não souber utilizar as ferramentas disponíveis, fatalmente perderá a vaga para outro profissional mais preparado.



2. Aprendizado contínuo - A empregabilidade dependerá também desta capacidade de se atualizar constantemente e fazer uma gestão consciente do conhecimento. Na Era da Informação, o conhecimento tornou-se absolutamente acessível com inúmeros cursos e graduações online, inclusive com valores mais baixos. Além dos vários cursos gratuitos disponibilizados por instituições sérias, como o SEBRAE e a FVG. Aprender é vital para a sobrevivência no mercado de trabalho. É preciso analisar coerentemente quais são os desafios futuros na caminhada profissional para se antecipar no aprendizado, criando diferenciais competitivos. Aprender novas línguas? Tecnologias? Pós-graduação? Agregar novas competências é fundamental!



3. Relacionamento interpessoal - O ambiente corporativo é composto por pessoas com diferentes culturas familiares, regiões e, cada vez mais, estrangeiros compartilhando os mesmos projetos. A capacidade de se relacionar bem com as pessoas torna o clima organizacional agradável, cria sinergia na equipe e possibilita um ambiente de brainstorming e trocas saudáveis de ideias. O bom relacionamento interpessoal é fruto de uma boa comunicação, postura profissional adequada, integridade, educação e respeito ao próximo. Está diretamente relacionado à atitude pessoal no local de trabalho. As estatísticas mostram que a maioria das pessoas é contratada por suas competências técnicas e demitida por suas competências comportamentais.



4. Visão global - A interatividade possibilitada pela internet está tornando as fronteiras cada vez menos distantes e realmente transformando o mundo em uma "aldeia global". Acontecimentos em países distantes geograficamente possuem um impacto tremendo em outras partes do mundo. O mercado mundial está completamente conectado e integrado fazendo com que alterações econômicas, políticas, sociais ou climáticas tenham influencias além do próprio país. É preciso enxergar mais do que o escritório, cidade ou país para antecipar possíveis mudanças, ameaças ou oportunidades profissionais.



5. Automotivação - O entusiasmo pessoal é fundamental para o desenvolvimento profissional contínuo. O profissional que se mantém motivado de "dentro para fora" possui muito mais comprometimento com sua profissão, pois possui antes de tudo um compromisso pessoal de crescimento e alcance de metas. Nem sempre o ambiente ao redor proporcionará ânimo e motivação aos colaboradores, portanto ser automotivado é um dos primeiros passos para estar acima da mediocridade, acima da média.



6. Equilíbrio emocional - O ambiente profissional está cada vez mais desafiador, com mudanças aceleradas, pressões externas, altamente competitivo e sem a antiga "zona de conforto". Tudo ao redor está em constante transformação e movimento. Não basta ter uma excelente formação acadêmica se o emocional estiver em desequilíbrio, pois é imprescindível manter a calma e saber administrar as emoções para lidar com as pessoas e as decisões. Muitas empresas, no processo seletivo para uma vaga, têm criado simulações de pressão ou tensão para ver a reação dos candidatos. Portanto, no gerenciamento de carreira é preciso focar não apenas na parte intelectual, mas priorizar o bem-estar emocional procurando manter uma boa rotina de lazer, exercícios físicos e alimentação saudável.


7. Inovação - A capacidade de inovar e "pensar fora da caixa" é de fato uma competência muito procurada pelas empresas do século XXI. O profissional que consegue criar novas alternativas no ambiente de trabalho apresenta comprometimento, conhecimento dos processos e habilidade de enxergar soluções. A inovação também é fruto de pessoas que questionam, duvidam, que não se conformam e estão sempre à busca de novos caminhos e possibilidades. Estes profissionais garantem os diferenciais competitivos das empresas e, portanto, são muito valorizados.


Por: Dany Novaes 


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

QUAL O SEU CARÁTER NAS REDES SOCIAIS?





É inquestionável a tendência cada vez maior das redes sociais como plataforma de comunicação de sucesso. Não só pelo trânsito de personalidades diversas, mas pela notoriedade revelada no carisma e na originalidade dos posts. Nesse cenário, qualquer um pode arregimentar milhares de seguidores, principalmente se tiver foco, estratégia e visão de futuro.

O Twitter oferece larga abrangência pela facilidade com que promove trocas entre seus usuários. E é extremamente curiosa a forma como, em qualquer transação interpessoal, transparecemos nossas idiossincrasias. É sabido que criticar e assumir posição contrária, enquanto polo de discordância, pode render alguma visibilidade. Nesse aspecto, é recorrente no Twitter que alguém que tenha feito críticas, quando contrariado, responda no papel de vítima, argumentando que a despeito de toda sua "boa intenção", não foi bem interpretado.

Em episódio ocorrido há algum tempo, houve uma chuva de agressões contra um artista conhecido, em que o agressor, personalidade eminente, não poupava impropérios para rechaçá-lo. Da acusação pelos cabelos postiços à pobreza intelectual, desaguando no tiro de misericórdia, onde sugeriu que o outro se recolhesse à sua insignificância. Tudo isso, em rede planetária! Nesses casos, um "deixar de seguir" ao agressor ajuda a coibir esse tipo de comportamento.

Entre outras ocorrências, o Twitter configura apenas o desabafo de alguns através de indignações em resposta à postura de outros. Dessa vez, o palavrão se faz ecoar post afora, liberando o então agredido de sua raiva e revolta. Será? Sim, o Twitter é também local de desabafo sem restrição a horário e faixa etária. Independente de qual seja o perfil sócio psicológico em questão, é preciso que se mantenha o nível de educação nas relações e se tenha respeito por aqueles que nos seguem na grande rede.

No que tange aos feitos e às conquistas, claro que divulgar nossas proezas faz parte do cenário das redes sociais e o intuito é, sim, aproveitar as oportunidades. Mas uma dose de parcimônia e modéstia não faz mal a ninguém. Quem é que aguenta o "vide bula" em excesso de alguns personagens que não se cansam de reproduzir a imagem do próprio espelho?

O Twitter disponibiliza a opção direct message. Por que não utilizá-la para agradecer aos novos seguidores e estreitar algumas situações, as quais não configuram um assunto de domínio público? Paqueras, críticas construtivas, comentários mais picantes, opiniões particulares sobre demais pessoas, agradecimentos coletivos e ofertas de gentilezas one by one ficam melhor através da opção DM.


Enfim, poder interagir através das redes sociais é um luxo! Mas precisamos ter consciência de que, nesses ambientes, "interagimos em grupo". É bom lembrar que a grande maioria dos nossos seguidores não nos é íntima, portanto, merece ficar ao largo de determinados episódios.


No mais, exerça seu melhor escrevendo com graça e bom humor, de forma breve, pertinente e inspiradora, para fazer por merecer a companhia e admiração de seus seguidores.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

VOCÊ FAZ PARTE DOS 5% ou DO RESTO?




Era o inicio de um novo ano, e lá estava o professor Hermann, tentando começar sua aula. Não conseguia. Pediu educadamente silêncio. Não adiantou e parece que ninguém queria ouvi-lo.

Fixou sua visão em toda classe. Arrastou a cadeira e bateu-a contra o piso de madeira. Subiu na cadeira, apoiando-se na mesa, e falou em voz alta:

“Prestem muita atenção porque vou dizer isso uma só vez!”
Silêncio total na sala. E continuou:

“Há alguns anos descobri que todos nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma classe. Minha descoberta baseia-se que, em cada cem alunos, apenas cinco por cento fazem realmente a diferença no futuro. Na verdade estes que fazem à diferença tornam-se profissionais eficazes e contribuem para melhorar a vida das pessoas. Os outros restantes, 95% só servem para fazer numero dentro de uma classe. A realidade é simples o restante apenas passa pela vida como excepcionais medíocres.”

Descendo da cadeira, puxando-a para junto da mesa, continuou:

“Essa porcentagem vale para todos. De cada cem mecânicos, apenas cinco são realmente bons; de cada cem cozinheiros, só cinco são excelentes; de cada cem vendedores, somente cinco são verdadeiros profissionais, enfim, de cem pessoas em todo qualquer segmento, apenas cinco são especiais.”

Agora andando lentamente pela sala, acrescentou:
“É uma pena não poder separar estes 5% do restante. Se isso fosse possível Eu deixaria na sala, os alunos especiais e é claro convidaria os demais para saírem, então teria silêncio para dar uma boa aula, que preparo com muita dedicação. Mas não há como saber, quem são os especiais e o resto. Só o tempo poderá mostrar. É claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo gostaria de pertencer. O meu muito obrigado pela atenção e agora vamos a nossa aula de hoje.”

Nem é preciso dizer, que a partir daí, a classe passou a ter um comportamento exemplar, naquela matéria, até o final do ano. Na verdade, todos não queriam ser classificados como “parte do resto”.

O professor Hermann foi um dos 5% que fizeram a diferença, entre os professores daquele curso. Ensinou que, se não tentarmos fazer o melhor possível, com certeza, faremos parte da turma do resto. 

MORAL DA HISTÓRIA: 

“SE VOCÊ CONTINUAR AGINDO DE FORMA CONDICIONADA, COMO A GRANDE MAIORIA DAS PESSOAS, VOCÊ NÃO PODERÁ SURPREENDER-SE QUANDO DESCOBRIR QUE FAZ “PARTE DO RESTO”.SÓ VOCÊ PODE FAZER A ESCOLHA; PERTENCER AO PEQUENO GRUPO DE ESPECIAIS OU APENAS FAZER PARTE DA “NINGUENZADA”. 
A ESCOLHA É SUA.....


POR: Gemir Cassan  

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O ESTRESSE E SEUS IMPACTOS




O estresse caracteriza-se pela tensão em um ou mais órgãos do corpo humano de forma repetitiva que pode causar danos ao órgão afetado. Embora o interesse pelos sintomas tenha ganhado fôlego com o processo de modernização da cultura humana, há fortes indícios que este componente já estava presente no passado remoto humano, uma vez que o homem primitivo sofria pressão em seu habitat para a obtenção de alimentos através da caça e coleta de caráter nômade.

Este texto pretende ensinar como você, leitor, pode fabricar artificialmente um ponto de estresse em sua vida. A partir desta observação você será capaz de autogerenciar seus pensamentos para que as ocorrências de pontos de saturação não perturbem seu cotidiano.

Você deve saber que és um ser sistêmico. Todas as partes estão interagindo entre si sob o comando das sinapses distribuídas pela caixa craniana. Assim, se uma ação mental desencadeia uma sequência de comandos que não encontram critérios de parada a tendência é este comando continuar expandindo, replicando e trabalhando continuamente até que a fonte de energia que o faz movimentar decaia por falta de materiais vitais para a continuidade do processamento de informações provocando desgaste físico.

Imagine a seguinte situação!

Ana está em seu trabalho desenvolvendo uma tarefa que consiste em encaminhar 50 faxes para fornecedores e clientes até o fim do expediente. Mas Ana primeiramente tem que acessar o computador, escrever o nome do destinatário e seu telefone em uma lista de controle. Em seguida, ligar para informar se há interesse de receber a documentação, voltar para a planilha de controle e assinalar a opção que o cliente concorda com o envio, para na sequência digitar os números do fax e dar baixa no documento.

No ato de planejamento Ana começa a rotina, primeiramente com um pouco de dificuldade em acostumar o cérebro a desempenhar suas funções na sequência exata e assim terminar logo o trabalho.

Então, lá pelo 5º fax ela já consegue dispor de todos os recursos que necessita para o desenvolvimento da tarefa e criou uma rotina para o desenvolvimento autômato. Mas algo começa a dar errado, quando Ana está no 22º envio de fax. Sua mente quer antecipar as ações pré-estabelecidas e as articulações de seu braço começam a ficar tensas. Ana atribui esta observação ao cansaço de estar mais de uma hora trabalhando.

Mas caro leitor, repare que existe aqui um fator que move Ana a ser veloz: o cumprimento de prazos. Quando ela, na fase de PLANEJAMENTO da rotina colocou em seu cérebro os passos a seguir para a realização da tarefa acabou por criar um mecanismo de rotina na forma de fluxo de imagens, ideias e pensamentos que a torna eficiente e assim chegar ao objetivo final de sua tarefa que é passar o máximo possível de mensagens aos fornecedores e aos clientes.

Acontece que Ana antes mesmo de iniciar o trabalho, acaba por antecipar em sua mente o fluxo de pensamentos que lhe permitirá chegar ao resultado. Pode até ser que ela veja por antecipação o resultado final de seu trabalho. A velocidade de processamento do cérebro, uma vez iniciado o procedimento de execução da tarefa é maior que sua capacidade de realização. Então. Ana tenderá a praticar toda a rotina, ou partes dela diversas vezes, por antecipação, em sua mente, criando uma tensão entre o seu centro motor, que está sendo coordenado por uma região cerebral, e seu centro cognitivo coordenado pelo hipotálamo.

A energia despendida pelo comando cerebral para execução da tarefa irá acumular no sentido do fluxo, do sistema nervoso central para o sistema nervoso periférico, em uma linguagem mais simples, irá se deslocar do cérebro para os órgãos do corpo através dos nervos do indivíduo. Como feedback o sistema nervoso periférico encaminhará contraestímulos para o sistema nervoso central.

Então, os pontos onde o sistema nervoso periférico não é muito desenvolvido ou estreito tenderão a concentrar mais energia provocando um aquecimento na região que se contínuo poderá, por exemplo, converter em uma lesão por esforço repetitivo.

O que faltou para Ana era avisar ao cérebro, na etapa de PLANEJAMENTO da tarefa a necessidade de colocar critérios de parada para que ela possa relaxar e canalizar outros vórtices de energia, para melhor distribuir seu desempenho funcional de seu organismo.

Muita gente pensa que em casos similares, quando um aquecimento interno ocorre em razão de uma saturação, que é conveniente resfriar a parte superaquecida a fim de devolver a temperatura corpórea e assim se livrar da sensação de estresse. Mas tal pensamento está equivocado, pois o choque térmico poderá debilitar a área causando uma lesão permanente ou de difícil recuperação.

Ana não consegue perceber o seu comportamento e à medida que os anos correm principalmente em sua vida laboral, o mau PLANEJAMENTO de suas tarefas cria rotinas que se transformam em verdadeiros circuitos que se fundem uns aos outros afetando, mesmo sem estar executando uma tarefa, partes de seu corpo por compor exclusivamente de rotinas sem critérios de parada e mudança de foco para distribuir a energia de trabalho mais prazerosamente pelo organismo.

Assim Ana estará viciando algumas estruturas de pensamento e rotina, que irão refletir na falência antecipada de alguns órgãos, que apresentarão problemas mais cedo pelo desgaste, do que outros menos utilizados.

Mas ainda há tempo para Ana, falta apenas um ano para se aposentar. É verdade que está extremamente viciada em sua rotina, porém pode refletir sobre cada uma delas como se estivesse fazendo pela primeira vez o mesmo trabalho que já executava há anos. E bastando para si, a incumbência de adicionar elementos, ou pontos de equilíbrio que gerarão benefícios ao seu organismo.

Assim, primeiramente tem que acessar o computador, mas se distrai com as cores da tela de fundo aleatoriamente e rápido para não perder tempo, escrever o nome do destinatário e seu telefone em uma lista de controle, ao fazer este ato imagina ao digitar os dados, seres com vida própria como conhecesse os nomes (brinca com as palavras-signos). Em seguida, faz ligações para informar se há interesse de receber a documentação e trata as pessoas com urbanidade, buscando sempre formas não mecânica de interação e dando um ar humano às ligações sem que com isto seja necessário perder tempo. Depois, retornar para a planilha de controle e assinalar a opção que o cliente concorda com o envio, aqui ela exercita a audição e se lembra da voz da pessoa com quem falou ao telefone, para em seguida digitar os números do fax e dar baixa no documento.

Ela reflete que a tarefa foi cumprida em parte, e irá começar a nova tarefa como se tivesse que fazer o procedimento novamente do zero. Como critério de parada, Ana, após o 10º fax seguido resolve parar para beber um copo d'água, na 18º parada para outro evento aleatório.

Sua expectativa de execução total do serviço está limitada na ordem em que os fatos ocorrem. Ana não é mais uma escrava do tempo. Não mais se apresenta ansiosa pela elevada expectativa dos fatos. Ao final do trabalho não está cansada e sim realizada.


Ana não mais terá mais estress

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O CAPITAL HUMANO E O PROFISSIONAL DE SECRETARIADO EXECUTIVO


Tenho tido o privilégio de acompanhar o crescimento e a valorização de uma profissão que para muitos não passaria de um mero "apoio" às Instituições, cujo ápice das atividades seria auxiliar no bom andamento das atividades de rotina.
É indiscutível a importância do profissional de Secretariado às Organizações. Entendo que o momento já não é de avaliar se temos ou não capacidade para gerenciar, administrar, planejar, assessorar ou desenvolver consultorias. O momento, sem dúvida, é de questionar o que mais somos capazes de fazer e como podemos continuar contribuindo para os processos da empresa.
 Faço parte de uma geração de Secretárias e Secretários que em meio a tantas mudanças fizeram a diferença em seus mais variados segmentos. Cada um se destacando com habilidades tão fundamentais e muitas vezes pouco observadas. Num momento em que habilidades técnicas e pessoais são de extrema importância mostramos para que viemos.
Deixamos de ter um cargo, para ter uma profissão e mesmo sem o tão esperado Conselho assumimos nossas habilidades e seguimos adiante.
 Fazer uma retrospectiva da profissão é entender que o mercado não só abriu as portas para que pudéssemos fazer a diferença, como acreditou em nosso potencial.
 Acredito que estamos vivendo um momento mágico em que há um envolvimento do profissional nas questões relacionadas a profissão. Isso, só reforça nossa importância no mercado e retifica tantas previsões incertas.
É fato que alguns profissionais de Secretariado, infelizmente, ainda desconhecem a história do Secretariado, a Lei que regulamenta a profissão e tantas outras informações fundamentais para o melhor entendimento da profissão. Por isso, o momento é de valorização do capital humano (o que você sabe).
Não tenho dúvidas que o Secretariado estará entre as profissões do futuro.
Secretariar é fácil? Todo mundo consegue fazer o que um secretário faz?
Então te desafio a Secretariar, desempenhando todas as atribuições que o cargo exige. Feito isso, voltamos a tratar o tema.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

MAU HUMOR PODE SER CONTAGIOSO


Embora muitos não saibam o mau humor pode ser uma doença, na verdade um transtorno mental chamado de distimia, evidenciada por uma rabugice eterna. A medicina reconheceu a doença nos anos 80 e afirma que os distímicos só enxergam o lado negativo do mundo, e por isso não sentem prazer em nada. Diferente dos mal humorados que reclamam de um problema até que encontrem a solução. 
O grande perigo para quem convivem com pessoas mal humoradas é o contagio, uma vez que, segundo especialistas, contrair o humor de outras pessoas pode ser tão fácil quanto se contaminar com seus germes. O que para alguns psicólogos é chamado de contágio emocional. 
É natural termos os nossos dias de “cão”, aqueles em que o carro quebrou, o trânsito ficou parado por horas, o molho de tomate derramou na nossa roupa, que tivemos uma discussão em casa, enfim, faz parte da vida de qualquer indivíduo a adversidade, mas como tudo é uma questão de ver o copo meio cheio ou meio vazio, cabe a cada um de nós adotar a melhor postura. 
Considerando que não escolhemos com quem conviver, principalmente em nosso ambiente de trabalho, é preciso muita sabedoria para evitar que esse tipo de comportamento, isto é, o mau humor alheio nos contagie. 
Meu conselho: 
Fuja de pessoas com baixo astral – Penso que algumas situações o baixo astral é como um vampiro: suga nossas energias. Há um ditado que diz: “Não podemos evitar que aves agourentas voem sobre nossas cabeças, mas podemos evitar que façam ninho.” 
Faça atividades físicas – São inúmeros os benefícios: melhora a circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico, diminui os riscos de doenças cardíacas, aumenta a resistência dos ossos, melhora a coordenação dos movimentos e do equilíbrio, aumenta a boa disposição e o bom humor, diminui o estresse, risco de ansiedade e depressão, promove uma maior interação social, melhora a imagem corporal, a autoestima e a capacidade de aprendizagem.
Alto astral contagia – assim como o mau humor, o bom também contagia, por isso, procure estar com pessoas alegres, inteligentes, divertidas e otimistas. As relações mais saudáveis são aquelas que somam. Tenha bons amigos. Ainda que poucos, mas bons! 
Se alimente bem – Siga uma dieta saudável. Se precisar, consulte um nutricionista.
Beba muito água – Entre os benefícios deixa a pela bonita, desintoxica e hidrata;
Durma bem - Enquanto dormimos, o corpo diminui a produção de cortisol e adrenalina, e isso colabora para o controle do estresse;
Descanse – Por uma questão muito simples: mente sã, corpo são. 
Leia bons livros – A leitura estimula a reflexão sobre os nossos princípios, valores, pensamentos e atitudes. Estimula também nossa criatividade, ameniza situações estressantes, e nos garante assuntos interessantes para conversar. Quer coisa mais chata do que conversar com quem não tem assunto? 
Viaje – Conheça novos lugares, novos ares, novas culturas, novos sabores.... Pesquisas comprovam que as experiências multiculturais contribuem para o desempenho criativo, a convivência com outras pessoas e possibilita nosso bem estar. Há sempre ganhos. 
Sorria de você mesmo – Rir de si mesmo permite leveza e torna os problemas mais suportáveis e contornáveis. 
Encare cada problema como um desafio – Cada situação traz amadurecimento, portanto, procure ver o lado bom em absolutamente tudo. 
Uma grande amiga, que na minha opinião, atingiu o estado da arte no que diz respeito a saber viver sempre diz: 
Estamos aqui de passagem, por isso viva com bom humor todos os momentos. Ria de você, procure conhecer mais a sua essência e saber o que realmente é importante para estar feliz. 
Uma lição simples que muda tudo! 

http://simararodrigues.blogspot.com.br/

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: COMO CONTROLAR A IRA NO TRABALHO



Que as emoções tem memória nós já sabemos, mas será que realmente temos ciência do quanto essa memória é intensa e o quanto uma memória emocional negativa pode prejudicar nossa imagem profissional?
As vezes nos pegamos em um momento de estresse e ficamos suscetíveis a entrar em estado de ira, emitindo emoções de irritabilidade, raiva, tensão, aborrecimentos, frustração, rancor, ódio, fúria. (todos pertencentes a família da ira. Portanto, quando falarmos de ira, referiremos a qualquer uma das emoções acima citadas).
O fato é que, nestes momentos, somos dominados por um sentimento egoísta a ponto de não nos preocuparmos com o outro. De que forma o outro receberá o meu insulto? o que isso pode ocasionar tanto na memória dele quanto na dissintonia de nosso relacionamento?
Além disso, esse tipo de emoção provoca em nós uma visão míope da marca que representamos (nosso nome), pois em momentos como este perdemos o discernimento de analisar o quanto que tal ação pode manchar nosso nome, nosso marca, nosso posicionamento. Não temos a capacidade de antever o processo reflexivo que pode haver.
Um estado de ira, tem implicações tanto psicológicas como falamos até o momento, quanto implicações fisiológicas, já que nosso corpo emite descargas hormonais que são ativadas em excesso em momentos como este. Esta descarga descontrolada proveniente da emoção de qualquer família da ira, pode desencadear doenças como comprovam alguns pesquisadores no assunto. Porém, o objetivo deste artigo é chamar a atenção dos profissionais de qualquer atividade para a importância da consciência de si mesmo e do autocontrole de suas emoções.
Como já falamos ao entrarmos em estado de ira, podemos causar marcas na memória emocional do outro. E estas por sua vez, podem ser intensas e até irrevogáveis e ainda podem prejudicar nossa marca profissional. Portanto, ao se deparar em um estado de ira, conscientize-se dos respingos que essa atitude pode causar.
Sabemos que é difícil, mas o primeiro passo é a consciência. Então, como já mencionei no artigo que escrevi de título “Dicas Simples de como lidar com o conflito intrapessoal e desenvolver a inteligência emocional”, simplifico aqui, algumas dicas de como controlar a sua própria ira.
1 – Observe-se:
Detecte o como, o quê ou quando seu estado de ira é ativado.
Como falei, a consciência do estado de ira é o primeiro passo para controlar suas próprias emoções, adquirir inteligência emocional. Para isso, é importante saber como a ira é estimulada e expressada. É claro que cada um de nós possui uma forma particular de se estimular e externalizar a ira. E a respeito deste último, trago um conteúdo de meu mestrado que achei bastante rico e agregador aos meus leitores, onde mostra, com base nos estudos de um dos grandes pesquisadores no assunto, Contreras Flores, Victoria (2005), que as emoções possuem um padrão de expressividade.
Saibam que a ira é expressa na face normalmente com os dentes trincados, sobrancelhas descendentes, nariz com as abas elevadas, lábios abertos e esticados com movimentos laterais. Quanto ao corpo, ela é expressada normalmente por punho enrijecidos e fechados, algumas pessoas ficam avermelhadas do rosto ao pescoço, pode haver movimento excessivo das mãos.
Quanto mais observador de si mesmo você for, mas chances terá de controlar a si mesmo.
2 – Registre sua conduta diante da ira:
Não podemos confiar em nossa memória. Registrar nossa conduta é o próximo passo para emitirmos uma autocrítica, aumentarmos o estado de consciência e conhecermos melhor a si mesmo.
Tudo isso, irá contribuir para subsidiar novas estratégias de conduta diante de um estado de ira.
Pense de forma racional e não emocional. Eu sei que você deve estar se perguntando – “Como vou ter a capacidade e a frieza de escrever a conduta que tenho diante de um estado de ira se se trata de um momento de muito fervor emocional?” – E eu lhes digo: “Como você será capaz de mudar se não mergulhar dentro de si mesmo?”, “Como será capaz de traçar estratégias de mudança se em um momento de calor emocional no estado de ira, você pode deixar passar alguma informação importante e que talvez não lembre com o passar do tempo?”. Portanto, registre sua conduta quando estiver esfriado a cabeça após o seu estado de ira.
É importante avaliar com que frequência você emite estado de ira?, qual é o grau de intensidade de sua conduta?, quanto tempo leva para voltar ao normal, se o estado de ira o direciona para um estado agressivo?, quanto que sua conduta compromete a relação em seu ambiente de trabalho e pode representar uma barreira para galgar outros voos profissionais?
3 – Saiba usar o “time out”:
Agora que você já é consciente de si mesmo, mas ainda não sabe como controlar sua ira, a técnica do “time out” é infalível, pois contribui para o momento de reflexão, conduzindo-o ao controle.
Imagine que você já fez o passo 1 e 2, mas esta entrando em um estado de ira com uma colega de trabalho que discorda sobre algum projeto que está desenvolvendo. Diga a si mesmo: “Estou em estado de ira e quero um tempo para refletir”. Depois vá para ação e peça um tempo a sua colega. Diga que não está em um bom momento para discutir o projeto. Dê uma desculpa qualquer e saia de cena!
Depois com a cabeça fria, retorne e fale sobre o que lhe desagradou e volte a falar sobre o projeto.
A técnica “time out” ajuda na reconstrução da confiança no relacionamento, mas deve vir agregada de dialogo construtivo e oportuno.
Agora, para fechar esse artigo e influí-lo na importância do controle de sua própria ira, quero que desperdice um pouco de seu tempo para refletir sobre a Metáfora do Prego:
“Havia, uma vez, um menino que sempre estava mal-humorado e de mau gênio. Quando se zangava, deixava-se levar pela ira e dizia e fazia coisas que feriam as pessoas mais próximas. Um dia, seu pai dei-lhe uma bolsa cheia de pregos e disse que, cada vez que tivesse um ataque de ira, cravasse na porta de seu quarto um prego. No primeiro dia, cravou trinta e sete. No transcurso das semanas seguintes, o número de pregos foi diminuindo. Pouco a pouco, foi descobrindo que era mais fácil controlar a ira que enfiar pregos naquela porta de madeira maciça. Finalmente, chegou um dia em que o menino não teve que cravar nenhum prego. Disse isso a seu pai e este sugeriu que, a cada dia em que não se irritasse, poderia desencravar um prego da porta.
Passou o tempo e, um dia, o menino disse a seu pai que tinha arrancado todos os pregos. Então o pai agarrou a mão do menino, levou-o até a porta do quarto e disse:
- Filho, você tem feito muito bem, mas olhe os buracos que ficaram na porta. Quando uma pessoa deixa-se levar pela ira, suas palavras deixam cicatrizes como essas. Uma ferida verbal pode fazer tanto dano quanto uma ferida física. A ira deixa sinais. Não esqueça nunca.” (Soler e Conangla, Livro L’Ecologia Emocional L´art de transformar positivament les emocions; 2004)
Reflita sobre isso e boa sorte!!!


Autor: Deise Machado

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

"GARFES" COMUNS DA COMUNICAÇÃO ORAL



O excesso de informalidade na comunicação oral pode se tornar um problema sério no dia a dia profissional – muitas vezes, a pessoa já não sabe mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua portuguesa. Mas quais são as principais “gafes” cometidas pelos brasileiros e o que fazer para eliminar essas falhas do vocabulário?
Segundo o professor Elvio Peralta, Diretor Superintendente da Fundação Fisk, não há fórmula mágica: o segredo “é praticar a norma culta na leitura e na escrita”. Consequentemente, o cérebro passará a armazenar os termos corretos e a comunicação oral será mais precisa, fluirá com mais coesão, coerência e, claro, menos erros: “Problemas no discurso infelizmente são cometidos pela grande maioria das pessoas que não estudam a língua profundamente”, explica o professor, “Antes de aprendermos a escrever, aprendemos a falar. O que é absorvido nos primeiros anos da infância também será carregado durante o aprendizado da escrita”, complementa.
O professor ainda explica que a televisão, a Internet e o rádio, importantes emissores de informação, vêm contribuindo para o aumento das gafes: “A comunicação nas mídias sociais é repleta de informalidade, assim como na TV e nas rádios. É uma linguagem que permite maior aproximação do espectador, mas que deve ser usada com cautela” argumenta Peralta.
Confira abaixo as gafes apontadas como as mais comuns. Elas envolvem o uso de pronomes e concordância verbal, principalmente.
- "Pra mim fazer”, no lugar de: “para eu fazer”;
- “A gente vamos fazer”, no lugar de: “a gente vai fazer” ou “nós vamos fazer”;
- “Fazem três anos”, no lugar de: “faz três anos”;
- “Houveram muitos acidentes”, no lugar de: “Houve muitos acidentes”;
- “Há dez mil anos atrás, no lugar de”: “Há dez mil anos”;
- “Aonde você comprou isso?”, no lugar de: “Onde você comprou isso?”;
- “O que que você fez no fim de semana?”, no lugar de: “O que você fez no fim de semana?”;
- “Eu vi ele” ou “Eu vi ela”, no lugar de: “Eu o vi” ou “Eu a vi”;
- “Não lhe convidei”, no lugar de: “Não o convidei” ou “Não a convidei”;
- “Ela é meia louca”, no lugar de: “Ela é meio louca” ou “Ela é um pouco louca”;
- “As pessoas elas são contraditórias às vezes”, no lugar de: “As pessoas são contraditórias às vezes”;
- Palavras com pronúncias inadequadas: largatixa, cardaço, mendingo e mortandela.
Uma dica essencial para quem quer aprimorar a comunicação oral é a leitura de jornais, revistas e clássicos da literatura, que irão aprimorar o vocabulário, a fala e a escrita: “Nesses veículos, o redator precisa ser cuidadoso, pois um erro fica registrado para sempre”. Após essas providências, a prática de exercícios é essencial, pois “uma língua, mesmo que materna, só é aperfeiçoada com muito uso e leitura”, explica o Diretor Superintendente da Fisk. “Um curso de atualização e o conhecimento da gramática são essenciais para nos livrarmos dos vícios de linguagem e não cometermos gafes” finaliza Peralta.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A GERAÇÃO DO DIPLOMA




Em 2012, cerca de sete milhões de matrículas de graduação foram feitas no Brasil e neste mesmo ano mais de 800 mil pessoas receberam o diploma de ensino superior. Números que tendem a crescer mais ainda durante algum tempo, afinal apenas 11% da população entre 25 e 64 anos possui tal formação, posicionando-nos em último lugar num ranking de 36 países estudados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Contudo, para surpresa de muita gente, mesmo com o canudo em mãos boa parte destes formandos tem enfrentado um grave problema: quando se apresentam ao mercado de trabalho, descobrem que a sua capacitação não atende os requisitos mínimos exigidos pelos empregadores, sucumbindo então às melhores oportunidades ofertadas.

Antigamente, diploma era sinônimo de alta qualificação e empregabilidade; hoje não mais. E por quê? Estamos diante da "Geração do Diploma", isto é, uma gama de milhões de indivíduos que cursaram a graduação, mas permanecem despreparados para enfrentar os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Podemos atribuir este fenômeno à confluência de vários motivos. O primeiro deles, sem dúvida, é a falta de experiência prática que estas pessoas carregam, mesmo quando seu histórico acadêmico revela que acumularam certificados de renomadas instituições de ensino. Por isto é que elas literalmente travam ao terem de liderar outros indivíduos, trabalhar em equipe, administrar conflitos ou comunicar suas ideias com eficácia no dia a dia.

Também há o problema da baixa qualidade do ensino ofertado pela maioria das universidades. Com uma abordagem exageradamente teórica - que impede o desenvolvimento de competências críticas como estas já citadas - e professores desmotivados, muitos dos aprendizes estão mais preocupados com a nota do semestre do que em aprender de verdade.

Outro grave complicador é o fato de que uma parcela considerável dos alunos não está minimamente preparada para alcançar um bom desempenho acadêmico em decorrência dos déficits de aprendizagem que carrega desde o ensino básico. Aliás, isto me faz lembrar a história de um colega professor de matemática que deixou o plano de aulas de lado para ensinar operações básicas aos seus alunos recém-ingressados na universidade. Era fazer isso ou, então, contentar-se em não avançar praticamente nada ao longo do ano.

No entanto, o dado mais preocupante tem a ver com o índice de analfabetismo funcional entre os universitários. Segundo o Instituto Paulo Montenegro (IPM), 38% dos acadêmicos brasileiros não conseguem interpretar textos de média complexidade e, quando formados, também não saberão ler relatórios, analisar problemas ou lidar com indicadores gerenciais em seu trabalho.

É por conta de todos estes fatores que muita gente atua em posições medianas, mesmo com quilos de diplomas, enquanto acompanha profissionais sem pedigree - mas com performance inquestionável - sendo disputados por várias companhias. Se estes já são realidade e mostraram a que vieram, aqueles parecem ter potencial só que ainda não provaram seu real valor.

A formação acadêmica continuará sendo decisiva na trajetória profissional de cada um de nós, porém não pense que seu diferencial virá do saber acumulado. É o seu portfólio de competências que chamará a atenção dos contratantes durante este e os próximos anos. Ou seja, a combinação entre o conhecimento técnico, a vivência prática e os resultados alcançados nas mais diversas situações-limite enfrentadas..

Antes de se inscrever num novo curso - especialmente, os de longa duração -, avalie bem o que você espera dele e o que fará para aproveitar os recursos lá investidos. Prestar-se ao papel de angariador de certificados já não é uma boa escolha há tempos.


Por:  Wellington Moreira para o RH.com.br 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

VOCÊ É COMPETENTE?



Competência é uma das palavras da moda atualmente. Mas você sabe o que ela significa? Segundo o Dicionário Aurélio, competência é "... a capacidade decorrente de profundo conhecimento que alguém tem sobre um assunto...".

No mundo dos negócios, o conceito não difere muito, e é definido como sendo a soma de três componentes: Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. Conhecimento é o mesmo que "ter o saber". Ou seja, dominar a teoria acerca de determinado tema. Já as habilidades são o "saber fazer", ou seja, saber aplicar na prática aquilo que foi aprendido na teoria. E as atitudes, por sua vez, significam "querer fazer".

Por exemplo: imagine um pneu furado. Ao descer do carro, a primeira coisa a fazer é sinalizar o local com o triângulo. Após isso, deve-se fixar o macaco, do lado do pneu furado, é claro, no local apropriado, para que a lataria não amasse. Esse é o conhecimento. Mas não adianta saber na teoria como fazer e na prática não possuir a destreza necessária para executar os passos. Essa é a habilidade.

Deter o conhecimento e a habilidade são suficientes para dizermos que alguém é competente na tarefa de trocar pneus, certo? Errado. Tudo isso de nada serve se o sujeito não tem a atitude de descer do carro e "meter a mão na massa" ao invés de mandar sua mulher fazer, na chuva.

Atualmente, há carência de mão-de-obra em diversos setores no país. Porém, nunca se formaram tantos profissionais nos ensinos técnico e superior. É fato que alguns ramos da economia desenvolveram-se de tal maneira que o número de formandos não é suficiente para suprir as vagas abertas. No entanto, há áreas em que o problema é outro.

Vejo, de um lado, muitas empresas que não conseguem preencher suas vagas por falta de mão-de-obra preparada. Do outro lado, profissionais, aos montes, com dificuldade em conseguir oportunidades.

Mas, se há oferta e há procura, qual o real problema, então? Acontece que muito da preparação dos profissionais, se não toda ela, é voltada para o desenvolvimento de competências técnicas. Isso ocorre tanto em função de a grade das escolas não contemplar o desenvolvimento comportamental quanto em função de o profissional buscar, na maioria das vezes, adquirir apenas competências técnicas.



E o que são competências técnicas e comportamentais? Competências técnicas são aquelas relacionadas ao que você saber fazer. São exemplos de competências técnicas:

- Operar uma máquina.
- Utilizar o Power Point, o Excel, o Windows.
- Dirigir um veículo.
- Desenhar uma planta construtiva.
- Realizar cálculos.
- Fazer um planejamento.
- Elaborar uma palestra.


Já as competências comportamentais são as ligadas a, como o próprio nome diz, comportamentos adotados no dia a dia. Podemos citar como exemplos:

- Pro-atividade.
- Relacionamento interpessoal.
- Negociação.
- Criatividade.
- Agilidade.
- Adotar comportamento seguro.
- Trabalho em equipe.
- Saber ouvir.
- Foco em resultado.


São centenas as competências possíveis, tanto técnicas quanto comportamentais. Não se espera que você apresente algum número próximo disso. Pelo contrário, um bom profissional apresenta cerca de 20 competências razoavelmente desenvolvidas.

Mas voltando ao nosso problema, decorre dele que as empresas deveriam, para suprir a lacuna citada, investir no preparo comportamental de seus profissionais. Entretanto, são poucas as que o fazem: o desenvolvimento de competências comportamentais é lento e caro, e o argumento mais comum, em minha opinião equivocado, é: "Não vou investir no funcionário, pois quando ele fica do jeito como queremos, acaba saindo da empresa".

Isso, obviamente, é uma visão míope que não permite enxergar o círculo virtuoso que é criado a partir daí: o desenvolvimento dos colaboradores torna-os, sim, por um lado, mais caros, pois profissionais diferenciados passam a ser mais requisitados pelo mercado, fazendo com que a empresa tenha de remunerá-los melhor, motivá-los de formas criativas etc., para mantê-los em seu quadro. Por outro lado, é notório que trazem resultados que compensam, e muito, o investimento neles feito.

Então, o que fazer? Bem, olhando do lado do profissional, esta é uma ótima oportunidade de se diferenciar em relação aos seus "concorrentes". Uma vez que muitas dessas competências não são tão comuns de se encontrar na maioria dos profissionais, desenvolvê-las torna-se uma grande vantagem competitiva em busca de um ótimo emprego.

E como fazê-lo? Há diversas formas de se desenvolverem competências comportamentais. É possível, por exemplo, que o profissional tenha autoconhecimento e autodisciplina suficiente a ponto de saber quais competências precisa desenvolver e como adotar esses novos comportamentos com o passar do tempo. Esse é o chamado autodesenvolvimento, raríssimo.

Outra forma é através de treinamento e desenvolvimento promovido pela própria empresa. Por isso, ao escolher o lugar onde trabalhará, verifique se a organização oferece desenvolvimento de competências aos seus funcionários. Isso mostra que ela investe nos seus colaboradores, algo que certamente agregará muito ao seu perfil profissional.

E, por último, a forma provavelmente mais eficaz de desenvolvimento de competências: o coaching. Segundo a enciclopédia digital Wikipedia, "Coaching é um processo definido com um acordo entre o coach (profissional) e o coache e (cliente) para atingir a um objetivo desejado pelo cliente, onde o coach apoia o cliente na busca de realizar o objetivo, ou seja, as diversas metas que somadas levam o coache e ao encontro ao seu desejo maior estabelecido dentro do processo de coaching. Isso é feito por meio de reflexões e posterior análise das opções e da identificação e uso das próprias competências, como o aprimoramento e também o adquirir de novas competências, além de perceber, reconhecer e superar as crenças limitantes, os pontos de maior fragilidade".

O fundamental é conhecer o conceito de competência, saber quais são as mais requisitadas pelo mercado, o que fazer para desenvolver aquelas que o profissional ainda não possui e, principalmente, ter a atitude de buscar esse desenvolvimento.

Em artigos futuros, listarei algumas competências comportamentais que penso serem fundamentais para o sucesso de qualquer profissional, em qualquer área, nos dias atuais. Aguardem e até logo!

Por:  Cleber Andriotti Castro para o RH.com.br