quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL E AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO



O Príncipe trata-se de um conjunto de instruções, dadas por Maquiavel ao príncipe Lorenzo de Médici, sobre a melhor forma de governar, ou seja, trata claramente de autoridade e liderança. Nos princípios expostos pelo autor, se encontra muito do que as teorias da Administração pregam. E é sobre essa relação que desejo tratar. 
Começando pela teoria da Administração Científica de Taylor, onde uma das suas afirmações é a de que deve haver uma interação amigável entre os gestores e os trabalhadores, mas com uma clara separação dos deveres entre uns e outros, o que condiz com que Maquiavel trata no seguinte trecho: "Os romanos, nas províncias de que se assenhorearam, observaram bem estes pontos: fundaram colônias, conquistaram a amizade dos menos prestigiosos, sem lhes aumentar o poder (...). E quem não encaminhar satisfatoriamente esta parte, cedo perderá a sua conquista e, enquanto puder conservá-la, terá infinitos aborrecimentos e dificuldades."
É notável que o que o autor afirma no referido trecho é um conselho valioso para os líderes de hoje, ou seja, a amizade entre eles e os subordinados é benéfica para o clima organizacional, desde que não se deixe que por essa amizade os subordinados passem a ter um poder que não lhes é devido, pois tal atitude leva a perda da autoridade do líder e ao fracasso sua liderança. 
Também pode-se notar a relação do que o autor descreve com a teoria das necessidades de Maslow, pois o autor deixa claro que o príncipe (gestor, líder) deve suprir as necessidades de seus súditos (subordinados e/ou colaboradores) desde as mais básicas, como as fisiológicas, assim como as de segurança (o povo deve sentir- se protegido, caso o território venha a ser atacado), as sociais (proporcionando a possibilidade da diversão e interação do povo como lê- se em: "Além do mais, deve, nas épocas próprias do ano, dar ao povo festas e espetáculos."), as de estima (notável em:" Do mesmo modo, deve um príncipe mostrar-se amante das virtudes e honrar aqueles que se destacam numa arte qualquer.") e as de auto realização (que muitas vezes, são satisfeitas através do reconhecimento, ou seja, quando individuo nota que está se desenvolvendo bem).Sendo o dever de realizar tais ações, reafirmado no seguinte trecho: "E, porque toda cidade está dividida em corporações de artes ou grupos sociais, deve cuidar dessas corporações e desses grupos, reunir-se com eles algumas vezes, dar de si prova de humanidade e munificência, mantendo sempre firme, não obstante, a majestade de sua dignidade, eis que esta não deve faltar em coisa alguma."
Do mesmo modo, percebe-se que Maquiavel demonstra a importância da motivação através do reconhecimento dos súditos (subordinados), pois firma o comportamento desejado para que se obtenha os resultados necessários ao crescimento do principado (empresa); como ele expõe no trecho a seguir: "Ao mesmo tempo, deve animar os seus cidadãos a exercer pacificamente as suas atividades no comércio, na agricultura e em qualquer outra ocupação, de forma que o agricultor não tema ornar as suas propriedades por receio de que as mesmas lhe sejam tomadas, enquanto o comerciante não deixe de exercer o seu comércio por medo das taxas; deve, além disso, instituir prêmios para os que quiserem realizar tais coisas e os que pensarem em por qualquer forma engrandecer a sua cidade ou o seu Estado."
Enfim, O Príncipe como se pode ver é um livro atual, e apesar de aparentemente tratar de apenas um tema, seus ensinamentos tem inúmeras aplicações em vários âmbitos do nosso cotidiano, especialmente no mundo corporativo.
Referências Bibliográficas
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2007.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A VISÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL POR PROFISSIONAIS DE SECRETARIADO




O papel do profissional de secretariado é extremamente relevante para a vida produtiva das organizações, pois este profissional possui uma visão sobre a sua cultura, possibilitando-o uma reflexão e questionamento do comportamento organizacional.

Alguns caminhos foram definidos por FLEURY (1991), que podem ajudar desvendar a cultura de uma organização são eles:

"O histórico das organizações , as crises ou expansões, a socialização dos novos membros, os recursos humanos, o processo de comunicação, a organização do processo de trabalho, as técnicas de investigação. "

Hoje, o(a) secretário(a) por meio de suas qualificações explora com clareza os caminhos traçados por FLEURY, para se reconhecer a cultura da organização onde atua. Inclusive, ele só poderá desenvolver o seu trabalho e trazer resultados eficazes se realmente conhecer o histórico, a evolução da empresa, os processos de trabalho, os sistemas de comunicação e as pessoas.

Uma enquête foi realizada com alguns profissionais de Secretariado, do sexo feminino, que atuam em empresas de grande porte, em Belo Horizonte, Minas Gerais, visando conhecer a sua cultura organizacional. O questionário, denominado "culturas de organizações" foi dividido em cinco blocos: como a organização trata o indivíduo, as pessoas são controladas e influenciadas, um líder em uma organização, pessoas que fazem bem à organização, a cultura de sua organização é traçada e o profissional de secretariado pode influenciar na cultura da organização. 

O questionário utilizado foi formulado por HANDY (1987) do livro "Deuses da administração: transformando organizações", e adaptado pela autora deste artigo.

Pelas respostas obtidas, observa-se que:

o profissional de secretariado, descreve o valor do indivíduo através de sua disponibilização de tempo à direção da empresa, ou seja, ele trabalha em função do que é ditado pelos que "movimentam a organização". Percebe-se que existe uma cultura arraigada vigente aos valores dos dirigentes.

Que a liderança, outro item abordado, reflete nos interesses intrínsecos das pessoas que desenvolvem seu trabalho em cima de punições e/ou gratificações e que possuem líderes preocupados com o crescimento do indivíduo.

Nos processos de trabalho, o indivíduo, assumindo a sua força de trabalho, deverá desenvolvê-lo assumindo riscos, ser devidamente informado, ser competente, relacionar-se bem e ser compromissado com a organização.

Quanto à cultura organizacional as secretárias afirmam que ela ocorre através dos valores dos donos, acionistas ou dirigentes das empresas.

E, por fim, o profissional de secretariado acredita que ele pode influenciar a cultura da organização quando ele busca inovações para a empresa, introduzindo uma "nova cultura".

Nas organizações existem sempre conflitos entre os objetivos individuais e os objetivos organizacionais, ou seja, a sua cultura. Na medida em que as organizações pressionam para alcançar os seus objetivos, elas privam os indivíduos da satisfação de seus objetivos pessoais e vice-versa. A reciprocidade entre indivíduos e organizações e suas relações de intercâmbio são importantes para o estudo das organizações. Para que as organizações possam sobreviver e se desenvolver, para que exista a revitalização e a renovação, deve-se rever a respectiva cultura organizacional. Cada organização é um sistema complexo e humano com características próprias, com a sua própria cultura e com um sistema de valores e que determinam os sistemas de informação e os procedimentos de trabalho. Todo esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado, analisado e aperfeiçoado para que resultem em produtividade e motivação ótimas.

Neste aspecto, o profissional de secretariado descreve a cultura por meio de seus fundadores e a história da fundação, as habilidades específicas da empresa e as formas como são exercidas as atividades, os valores no sentido de distinguir entre o que seja qualidade ou não. E assim, este profissional, além de perceber a cultura de sua organização, acredita que pode influenciá-la com a formulação de hipóteses, discutindo-as, confrontando as informações, analisando-as, e traçando, assim, uma abordagem real da organização, pois o(a) secretário(a) se relaciona em todas as áreas da empresa, exercendo atividades gerencial e executiva no qual trabalha para empresa e em equipe, gerenciando pessoas e informações.







terça-feira, 7 de novembro de 2017

MARKETING PESSOAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO



Décadas passadas, marketing pessoal era fundamental aos profissionais da área de vendas ou que lidam com pessoas. Técnicos da área de exatas precisavam apenas realizar suas tarefas com precisão; pouco importava a imagem que os outros tinham deles. Isso mudou.
O marketing pessoal é tão importante quanto o conhecimento e a experiência profissional, pois integra o conjunto de competências requeridas pelo mercado de trabalho. É um diferencial competitivo sustentável.
Isso significa que: não basta ser bom, é preciso mostrar que você é bom.
Mas não adianta saber se comunicar, vestir-se bem, posicionar-se de forma impactante em locais adequados, ter boas relações interpessoais e estar bem informado, se o profissional não domina tecnicamente o assunto de sua área de atuação ou não consegue alavancar resultados para a empresa na função em que se encontra. Nesse caso, o indivíduo não está fazendo marketing pessoal, e sim uma propaganda enganosa.
O marketing pessoal é construído com base nos cinco “Ps” do marketing: 
  • Produto: o profissional.
  • Promoção: maneira como ele se apresenta no mercado.
  • Praça: local onde o indivíduo faz marketing.
  • Preço: valor do profissional no mercado, em termos tangíveis e intangíveis.
  • Posicionamento: conjunto dos demais Ps. 

O mercado quer enxergar a marca pessoal que o profissional vai imprimir à empresa. O que diferencia um indivíduo do outro quando os currículos são parecidos? A marca pessoal. A capacidade que o profissional tem de vender suas ideias, de influenciar pessoas, de construir uma imagem positiva para si por meio do marketing pessoal e dos resultados conquistados.
Na sua rede de contatos, o profissional tem de procurar sempre ser o top of mind de sua área. É preciso estar entre os top ten, ou seja, entre os dez melhores para ser referência em seu campo de atuação.
E lembre-se: quem não é visto não é lembrado.

Texto Original por Rômulo Martins




https://carreiras.empregos.com.br/seu-emprego/marketing-pessoal-como-diferencial-competitivo/

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ACABARAM AS FÉRIAS? DE VOLTA AO TRABALHO!




Você pode ter passado férias no Caribe ou em casa, assistindo ao Vale a Pena Ver de Novo. Não importa, suas férias acabaram e é preciso voltar ao trabalho a mil por hora!

Com a energia renovada e cheia de ânimo, é um ótimo momento para refletir e organizar suas atividades pensando em como você pode realizar esse mundo de possibilidades.

Os primeiros dias costumam ser super carregados de atividades; ainda mais se ninguém ocupou seu cargo nos dias em que esteve ausente…

Organize tudo e tente colocar suas tarefas em dia o mais breve possível para que não se acumulem ainda mais.


Ao chegar, é natural que você sinta-se um pouco deslocada do ambiente de trabalho, mas não se assuste. É completamente normal porque você esteve fora nestes dias e perdeu uma série de fatos dos quais você precisa se inteirar.

Fique atenta em tudo que esta acontecendo ao seu redor. Se for preciso, anote até as coisas mais simples; futuramente elas podem lhe ajudar. Um contrato fechado com o banco X, por exemplo. Assim, se acontecer de lhe pedirem alguma informação, você sabe do que se trata.

Caixa de e-mails lotada, muitos recados e coisas para resolver… nada de stress logo no primeiro dia! Eleja as prioridades e com calma e atenção, vá eliminando, tarefa por tarefa! Se for realmente preciso, considere a possibilidade de ficar até mais tarde depois do horário para terminar ou adiantar algumas coisas. É uma atitude muito bem vista.

Vale a pena conversar com os colegas de trabalho para saber o que está acontecendo! Mesmo informalmente, elas podem lhe render importantes informações.

Por fim, lembre que super secretária é aquela que dá exemplos de organização! Então, quanto mais breve você se reorganizar, ainda mais SUPER sua imagem fica.

Agora é trabalhar até as próximas férias.