segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O AUTO-COACHING NO DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS





O aprendizado integral, fisiologicamente falando, parte de estímulos internos e externos. Estes, geram novas conexões cerebrais, para que ocorram novas referências e a posterior mudança de comportamento. Considerando que nosso nível consciente é a mínima parte daquilo que nosso cérebro é capaz de produzir, os processos de coaching trabalham com estímulos que visam atingir os processos subconscientes.

A expressão ”coaching” origina-se do termo Inglês que significa treinador. Diferentemente de um professor, o treinador não ensina, ele estimula. Assim, o princípio se mantém, o que muda são os contextos: do meio esportivo, passamos para o corporativo. O coachee (treinador) pode ajudar um jogador a remover ou reduzir obstáculos internos à sua performance, e uma habilidade natural inesperada fluirá sem que haja necessidade de muitos ensinamentos técnicos. No meio corporativo, temos um mesmo objetivo: aprimorar as habilidades e competências através de estímulos, focado nos processos subconscientes.

self-coaching parte do mesmo princípio, porém apoiado em uma prática mais autônoma. Compreende toda a metodologia e ferramentas de coaching que possibilitem a auto aplicação e atuem de forma eficiente.

Mas o que são habilidades e competências? Parecem a mesma coisa, mas na verdade são complementares. A habilidade é o conhecimento e desenvoltura que temos ao realizar uma determinada atividade. Podemos dizer ter habilidade manual, habilidade na escrita, na leitura… Já as competências são a utilização destas habilidades no dia a dia. Quem tem habilidade com cálculos, por exemplo, sabe fazer contas. Já quem tem competência na realização de cálculos, o faz de forma eficaz, aplicando esta habilidade na solução de alguma situação.

Estimulando a criatividade, é possível colocar nosso cérebro pra funcionar, característica do coaching! O grande gênio Leonardo da Vinci já trabalhava com esse princípio ao utilizar o que chamamos de escrita reversa: de trás para frente. Centenas de páginas de seus estudos foram escritos desta forma.

Que tal fazer a mesma coisa? Quando tiver um tempinho, pegue uma folha e procure trabalhar com a escrita: escreva com a mão contrária à qual você está habituada, ou escreva de trás para frente, ou procure utilizar as duas mãos ao mesmo tempo. Faça tudo isto, crie novos exercícios. Este é um treino muito legal que vai fazer com que você estimule os dois lados do seu cérebro (lembrando que, ao trabalhar com o lado esquerdo do corpo, estimulamos o lado direito do cérebro-emocional, caso contrário, estimulamos o lado esquerdo – racional).

Considerando que a escrita reversa foge do padrão convencional, temos aí um exemplo de estímulo à criatividade. Você não precisa fazer isto o tempo todo para estimular sua criatividade, mas pode mudar a forma como realiza diversos processos do dia a dia: andar pelo outro lado da rua, começar a limpar a casa pelo lado que você não está acostumada, trocar alguns objetos de lugar, fazer combinações diferentes de roupas, pegar a esponja com a mão contrária quando for lavar a louça, e assim por diante.

Você deve estar se perguntando qual será a diferença entre o coaching e outros procedimentos semelhantes, tais como a consultoria e a psiquiatria, afinal, os objetivos são comuns e parte dos processos também. Vamos diferenciá-los:

A consultoria faz um acompanhamento dentro da corporação. Prevê soluções para resolver problemas, faz um diagnóstico da situação-problema, e acompanha a implantação do processo e suas consequências e resultados.

A psiquiatria também acompanha a implantação, realizando um diagnóstico da situação. Porém, trabalha com os porquês do problema, investigando as suas causas.

Já o processo de coaching não dá respostas, tampouco soluções, mas levanta questionamentos, procurando estimular o indivíduo a respondê-los e observá-los, para que melhore sua performance e chegue ao objetivo almejado.

No processo de auto coaching, são adotadas algumas “perguntas-guia” que buscam orientar o indivíduo, como por exemplo:

– O que eu quero ao invés disso que tenho?

– Isso me deixa mais próximo ou distante do meu objetivo?

– Qual minha intenção positiva por trás disso?

– O que eu posso fazer para gerar em mim o que eu tenho como objetivo?

Essas perguntas nos mostram que, muitas vezes, o que vemos não é necessariamente o que parece ser. É preciso conhecer e visualizar  a situação como um todo, dentro de um contexto. Caso ela seja avaliada isoladamente, corremos o risco de interpretar mal ou erroneamente.

Para que realizemos o auto coaching, é preciso auto visualização: focar no problema, em contraste com a solução, porém, situando-se no agora e nas atitudes que possam ser realizadas de momento, pensando sempre em soluções a curto prazo.

O SSE conversou com Rosana Alencar, Coach da T.O. Box, e aproveitamos para tirar mais algumas dúvidas sobre o assunto. Ela nos fala de forma objetiva sobre os conceitos de habilidades e competências e como os processos de auto coaching


Enjoy!

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